Agenda regional

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Se, como diz a cultura popular, o ano no Brasil começa para valer apenas após o Carnaval, é chegada a hora de olharmos com atenção o atual panorama urbano local, confrontando-o com a realidade que vivemos o ano passado.
No campo da infraestrutura, por exemplo, o governo estadual (gestão Serra) nos garantia que o metrô (linha 6) chegaria à região da Sub Lapa em 2014. Durante a campanha eleitoral, ao visitar o Mercado, o então candidato Geraldo Alckmin afirmava que seu governo trabalharia no sentido de acelerar as obras metroviárias. Segundo ele, “a linha 6 é muito importante porque vai beneficiar a região da Lapa com transporte de alta capacidade e qualidade”. Meses depois, o governador Alckmin desmente o candidato Geraldo e projeta a entrega da linha 6 apenas em 2017.
Ainda no setor do transporte público de massa, o ano de 2010 deveria ter sido marcado pela entrega de uma obra de fundamental importância: a unificação das plataformas de embarque das duas linhas da CPTM que cortam a Lapa. Era isso o que prometia o próprio Alckmin em 2005, no seu segundo mandato no Palácio dos Bandeirantes.
Se é extremamente complexo lutarmos para abreviar o inicio das obras do metrô, podemos e devemos, enquanto sociedade civil organizada, pressionar o governo estadual a colocar em prática o projeto de unificação dos embarques nas linhas da CPTM. Para tanto, é imprescindível a articulação de uma estratégia política que passa pelo diálogo com o deputado feral Carlos Zarattini (PT), que tem mantido contatos com a direção da CPTM. Vale lembra que Zarattini é membro do G-11, o grupo de deputados federais e estaduais engajados com a região da Lapa.
Outra importante questão da agenda regional para 2011 é a reabertura do Hospital Sorocabana, de preferência sob o controle da Prefeitura. Trata-se de uma bandeira que precisaria ser abraçada coletivamente, de forma oficial e articulada, pelas associações corporativas e pelo associativismo de bairro, com mediação de parlamentares do G-11 e do G-8 (grupo dos vereadores engajados com a Lapa), entre eles: Carlos Neder (PT), Gilberto Natalini (PSDB), Paulo Frange (PTB), Aurélio Nomura – todos vereadores – e Newton Lima (PT) e Luiz Cláudio Marcolino (PT), ambos do G-11.
Deputados e vereadores que assumiram, formalmente, compromissos com a região devem também estar atentos para o grave problema das enchentes em áreas como Leopoldina, Lapa, Pompeia, Jaguara, Lapa de Baixo, entre outras. Obras de drenagem, muitas vezes requerem, como é caso da Ceagesp, recursos não apenas estaduais e da Prefeitura, mas também da parte do governo federal (PAC). Para não ficarmos eternamente submersos a cada chuva mais forte, precisamos articular uma estratégia que, como nos casos anteriores, passa pelo plano político.

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