Limpeza Urbana

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Uma das principais bandeiras da gestão do prefeito Gilberto Kassab, a lei Cidade Limpa voltou a ganhar o noticiário da mídia por conta de uma maior mobilização das equipes de fiscais em cada uma das 31 subprefeituras da cidade. Ao notar que uma parte significativa do empresariado já recomeçava a abusar da colocação de propaganda irregular na frente dos seus estabelecimentos, Kassab nomeou, no âmbito da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, uma equipe totalmente dedicada ao assunto Cidade Limpa, sobretudo no que diz respeito ao cumprimento da legislação.
Na região da Subprefeitura Lapa, a fiscalização tem recolhido, semanalmente, dezenas e dezenas de faixas e cartazes irregularmente colocados nas fachadas de estabelecimentos comerciais, motivo de multas. Em alguns casos, as autuações superam os R$ 100 mil. Paralelamente a essa ação, a Sub também intensificou nos centros comerciais da região uma campanha de orientação, particularmente, voltada ao comércio de pequeno porte. Regularmente, os fiscais percorrem as ruas mais movimentadas, distribuindo folhetos que mostram como funciona a Cidade Limpa.
Certo está Kassab em decidir por tal iniciativa, afinal a referida lei conta com grande apoio da sociedade pois, como salienta o próprio prefeito, ela proporcionou ao paulistano a redescoberta do espaço público urbano e da arquitetura da capital, conquista esta que deve ser assegurada permanentemente.
Mas nem tudo caminha bem na gestão Kassab quando, por exemplo, nos defrontamos com uma outra questão envolvendo a limpeza urbana. Trata-se do lixo acumulado nas ruas e calçadas da cidade, um problema que está longe de ser resolvido. Se de um lado, a população tem grande parcela de culpa nessa situação, descartando irregularmente lixo e entulho, por outro não se vê por parte da Prefeitura um esforço maior no desenvolvimento de campanhas educativas.
No tocante à Sub Lapa, se o subprefeito Carlos Fernandes tem sido bem sucedido na realização da Operação Cata Bagulho, é igualmente verdade que desde 2005, a região espera pela implantação de ecopontos, locais de entrega voluntária de pequenos volumes de entulho (até 1 m³), grandes objetos (móveis, poda de árvores etc.) e resíduos recicláveis.
Se no plano local houve certo avanço no tocante à coleta seletiva, como a implementação de nova cooperativa de catadores de lixo reciclável nos baixos do Viaduto Mofarrej, fruto de parceria entre a Sub Lapa e a iniciativa privada, ainda lamentamos a falta de estrutura operacional adequada no interior desses centros de reciclagem. Como se vê, quando o assunto em questão é manter a cidade da gente limpa, são inúmeros os gargalos que a atual gestão, e certamente a próximo, terão que superar com criatividade, competência e vontade política.

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