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Segue na Câmara Municipal de São Paulo os debates e a divulgação de informações a respeito da crise que levou ao fechamento do Hospital Sorocabana, em setembro de 2010. O vereador Carlos Neder (PT), membro do G-8 (grupo de vereadores engajados com as questões da região da Sub Lapa) obteve documento oficial do Tribunal de Contas do Município (TCM) que mostra os valores das verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) que a Prefeitura repassou entre 2003 e 2010 à Associação Beneficente dos Hospitais Sorocabana, mantenedora do hospital da Rua Faustolo.
Os repasses nesse período somam R$ 108 milhões. Neder é autor do pedido de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito que tem por objetivo aprofundar a investigação da crise e fechamento do Sorocabana, que recebeu significativas verbas. “A melhor maneira dos vereadores mostrarem que estão preocupados com a questão do Hospital Sorocobana é nos ajudar a viabilizar a implantação de uma CPI”, afirma Neder.
No plenário da Comissão de Saúde, ao prestar contas dos investimentos no setor por parte da Prefeitura, o secretário adjunto José Maria Orlando admitiu que o fechamento do Sorocabana criou um vácuo no atendimento via SUS na região da Lapa. Cobrado pelos vereadores Neder e Gilberto Natalini sobre ações da Prefeitura para reverter a situação, Orlando disse que o governo já trabalha no sentido de viabilizar a desapropriação do Sorocabana. Natalini, em ofício enviado ao prefeito Kassab, reforçou a urgência dessa medida.
Os vereadores Bispo Atílio Francisco e Souza Santos, nomes influentes na Igreja Universal do Reino de Deus, confirmam que Carlos Amorim não pertence aos quadros daquela instituição. Desde que surgiu, em janeiro deste ano, no ambiente hospital da Rua Faustolo, Amorim se apresenta como bispo da Universal.
Repercussão
O caso Sorocabana repercutiu na mídia de forma bastante intensa, nos últimos dias. Rádios com Jovem Pan e CBN entrevistaram Neder a respeito do pedido de CPI. Na Rede Globo, o jornal SPTV exibiu matéria de sete minutos de duração sobre o fechamento e crise do Sorocabana, mostrando imagens do interior do hospital gravadas com câmera escondida. A reportagem foi realizada com base nas informações repassadas à Globo pelo vereador Carlos Neder. A matéria reforça a necessidade de uma atuação imediata tanto por parte da Prefeitura de São Paulo quanto do Ministério Público (Promotoria de Saúde).
