Na infância, os filhos acham que o pai sabe tudo.
Na adolescência, eles acham que o pai sabe muitas coisas.
Na mocidade, o filhos acham que pai sabe alguma coisa.
Na madureza, eles acham que o pai não sabe mais nada, mas pode dar alguns conselhos úteis.
Na velhice, os filhos dizem, que o pai era muito sábio.
Morto o velho pai, os filhos encontram as qualidades que ele tinha e procuram seguir-lhe o exemplo, com saudade de dar-lhe um abraço bem apertado e beijar-lhe as mãos artríticas, mas não podem mais fazê-lo…
É assim a vida.
É assim que rola a existência de um pai: levanta-se de madrugada para ir ao trabalho; trabalha o dia inteiro e não vem almoçar em casa; volta à noitinha, cansado e querendo a sopa quente que lhe faz a companheira. Dá algumas palavras com os filhos, quando dá, e logo vai para a cama, porque precisa das horas de sono. Só nos fins de semana ele joga com os filhos ou brinca com as filhas, querendo ver os cadernos da escola, preocupado se as crianças estão indo bem nos estudos e se não andaram recebendo ofertas de drogas… Quando tem um carrinho, vai com a família para a praia… E tudo é alegria, até o trânsito infernal.
Voltam. Ele beija a mãe e a ama e logo é segunda-feira e ele vai em frente! Abençoado pai! Amado pai!