Moradores da região da Subprefeitura da Lapa são o alvo de empresas do mercado imobiliário que comercializam imóveis e terrenos em cidades como Cajamar e Itupeva. Os principais atrativos nesse tipo de negócio são: o valor do metro quadrado (se comprado àquele praticado nas áreas mais valorizadas de São Paulo) e a facilidade de acesso (rodovia Castelo Branco e Complexo Anhanguera-Bandeirantes).
O Jornal da Gente convidou para um café da manhã empresas que apostam nesse nicho do mercado. Parceiros numa série de empreendimentos, Luis Fernando Pinto, da Isomax, e José Francisco Miranda, da Isoplam, explicam que Cajamar tem um grande pólo industrial. A cidade nos próximos anos receberá 10 mil famílias habitantes, inclusive gente que mora hoje em São Paulo. “Existem muitos profissionais liberais prestando serviço em Cajamar e que podem montar um escritório na cidade comprando um conjunto comercial com preço atraente ou mesmo um apartamento para morar”, afirma Luis Fernando. “Isso sem falar de pessoas que compram terrenos em loteamentos e que irão morar na região”.
Mercado potencial
Boa parte do público da Lapa tem o perfil de quem pode investir em terrenos e construir casas de veraneio. É com esse segmento que trabalha a Alves Cardoso Imóveis, com 25 anos de mercado. “Trabalhamos com loteamentos de mil metros quadrados. São terrenos onde o metro quadrado varia de R$ 30 (Porangaba, Km 163 da Castelo Branco) a R$ 800 reais (Fazenda Alvorada, no km 104 da Castello, que conta inclusive com cabeamento de fibra óticas). Quanto mais afastado de São Paulo, mais em conta fica o valor do terreno”, afirma Sérgio Sampaio. “Esse público quer uma casa de veraneio mas não está disposto a passar muito temo na estrada”. Segundo o empresário, quem compra lotes no interior quer viajar no máximo duas horas. “O trajeto São Paulo-Porongaba é feito em 1h40”, acrescenta ele, ressaltando que cada loteamento tem padrões urbanísticos póprios que precisam ser respeitados, a exemplo do que acontece com os lotes da região da City Lapa.