DNA comunitário

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Quis a linha do tempo que o décimo aniversário do Jornal da Gente, publicação centrada na vida cotidiana de bairros da Sub Lapa, coincidisse com ano de eleição municipal. Por outro lado quis o destino que, ao consultar as páginas do JG na Internet à procura de informações sobre o Parque Orlando Villas Bôas, na Vila Leopoldina, eu me deparasse com o editorial do jornal assinado por José de Oliveira Jr., em março de 2005.

Ao fazer uma relação entre luta comunitária e engajamento político, o jornalista ponderava, naquela ocasião, que o Jornal da Gente “é radicalmente a favor da comunidade porque acredita que ela esteja acima de disputas partidárias. O leitor pode achar que esta defesa se torna muito bairrista. Pode até ser. No entanto, essa linha editorial permite uma convicção política apartidária de que sem uma comunidade forte não existem conquistas para os moradores”.

Num salto na linha do tempo é possível trazer aquele editorial para o presente sem que ele perca a sua essência: continuamos a exercer um jornalismo que, dialogando abertamente com diferentes matizes do espectro político-partidário, se coloca radicalmente em defesa das comunidades locais. Vale salientar que essa  postura ganha relevo ainda maior em ano de eleição para prefeito e vereadores.

A linha editorial assumida em março de 2002, como é natural, amadureceu gradativamente, conquistando respeito e credibilidade não apenas no âmbito comunitário, mas também fora dele, sobretudo nas esferas públicas (governo estadual, Prefeitura, Câmara Municipal e Assembleia Legislativa), onde somos reconhecidos como referência em termos de jornalismo regional.

Mas por que somos um referencial? Porque, ao contrário da maioria esmagadora dos jornais de circulação regional (bairros), não nos acomodamos diante das facilidades da era digital, onde basta um clique no computador para pinçar notícias prontas e fotos em alta resolução e, assim brincar de fazer jornalismo. Pelo contrário, nossa práxis jornalística se dá nas ruas, nos auditórios de escolas e entidades, nos gabinetes e plenários públicos, onde a notícia é arduamente e eticamente garimpada em respeito aos leitores.

Somos referência, pois podemos nos incluir no seletíssimo grupo de publicações de caráter regional e com distribuição gratuita que comprovam de maneira inequívoca suas tiragens semanais. Essa postura de absoluta transparência é uma escolha que fizemos em respeito pleno às empresas e instituições que veiculam suas marcas em nossas páginas.

No nosso DNA carregamos a herança da vida em comunidade. Dela nascemos e a ela estamos intimamente ligados. Tem sido assim por 10 anos, ao longo dos quais nos esforçamos para retribuir com um jornalismo de qualidade o voto de confiança que recebemos de vocês, leitores e anunciantes.

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