Emergência médica

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O atendimento à saúde já era insuficiente na região quando o Hospital Sorocabana ainda funcionava. Depois que a Associação Beneficente Hospital Central Sorocabana fechou as portas da unidade hospitalar (em 2010), a situação piorou muito. Os pacientes do Sorocabana migraram para o Pronto Socorro da Lapa. Conclusão: o PS ficou superlotado.Na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab, a Secretaria Municipal de Saúde fez um contrato de parceria com a Fundação Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FFM USP – (em agosto de 2010) para gestão do Pronto Socorro com o objetivo de atender à demanda reprimida da região. 

A inauguração da AMA Sorocabana (24 horas), em 30 de agosto de 2012, pelo então prefeito Kassab e o governador Geraldo Alckmin, deu um fôlego ao PS Lapa. Chegaram as eleições, Kassab perdeu e Haddad assumiu a prefeitura, colocando no cargo o secretário Municipal de Saúde, José de Filippi Junior. Filippi pegou o final do contrato de gestão da Fundação no PS Lapa.

O secretário bem que tentou convencer o diretor da Fundação na Região Oeste, Felipe Nemes, a continuar com a administração do Pronto Socorro, sem sucesso. Filippi esteve no PS em 3 de abril, só para conversar com os diretores. Naquela ocasião a FFM USP já manifestava o desejo de deixar PS Lapa. No dia da visita, o secretário revelou que o motivo seria uma série de questões que foram prometidas (quando o contrato foi feito na gestão Kassab) e não foram cumpridas (pelo governo anterior), como por exemplo: investimento no espaço. A Fundação não se manifestou, nem na ocasião nem na última sexta-feira quando foi procurada para falar sobre o fim do contrato. Mas em abril, Filippi afirmou que a Fundação prima por outro padrão de atendimento: com melhor espaço físico e melhor atenção aos pacientes. 

À duas semanas do fim do contrato e sem uma gestão de transição, a secretaria enfrenta problemas para definir a questão crucial do Pronto Socorro: os médicos para atendimento ao público. Na última reunião do Conselho Gestor do PS Lapa, quinta-feira, a conselheira Bertô Moraes ouviu do diretor Felipe Nemes (da fundação) que funcionários em aviso-prévio aceitaram continuar no Pronto Socorro, dentro do contrato emergencial da Autarquia Hospitalar. Caso a secretaria não resolva a questão dos médicos, a conselheira promete fazer uma grande manifestação em frente ao Pronto Socorro, depois que a fundação deixar a gestão, no fim do mês. Ao que parece, Bertô terá apoio da comunidade porque ninguém quer ver a questão da saúde na sala de emergências.  

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