Exercício de cidadania

0
836

Esta edição é um retrato da participação da comunidade na construção do seu próprio futuro, num verdadeiro exercício de cidadania. Basta ver a multidão de universitários e voluntários do Projeto Escola da Família que lotou o Parque da Água Branca no sábado, na comemoração de dez anos do projeto do governo Alckmin que abre as escolas estaduais aos finais de semana com atividades para a comunidade. Cada um dos jovens universitários presentes foi responsável pelo sucesso do Escola da Família. Em contrapartida eles recebem a ajuda do governo em forma de um valor em bolsa de estudos para cursar a universidade. É sem dúvida um projeto onde todos ganham.

Outro exemplo foi a participação popular nas duas audiências públicas da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo realizada para discutir o Projeto de Lei da Operação Urbana Consorciada Água Branca, que amplia em seis vezes o perímetro da Lei atual da Operação Urbana. A primeira audiência reuniu cerca de duas mil pessoas no Memorial na terça-feira, a outra foi no auditório da Uninove Campus Memorial com cerca de 600 pessoas, quinta-feira. Entre as propostas comunitárias atendidas no substitutivo está a segregação dos recursos da atual Lei (de 1995) arrecadados nos 18 anos de contrapartidas das obras que impactaram a região da Pompeia/Perdizes/Água Branca e Barra Funda.  O dinheiro (cerca de R$ 360 milhões em caixa) fica para intervenções prioritárias como a canalização de córregos Água Preta e Sumaré, que teve início este mês, a extensão da Avenida Auro de Moura Andrade e a construção de cerca de 630 habitações para a população de baixa renda.

Aliás, o grito dos movimentos de moradia também foi ouvido. A proposta de substitutivo da nova Operação prevê a aplicação de algo entre 15% e 30% de toda a arrecadação dos Cepacs (Certificado de Potencial Construtivo) em habitações. Para se ter uma ideia, está prevista a arrecadação de mais de R$ 2 bilhões em contrapartidas.

Já a moradora da Lapa Fernanda Coronado encabeça o movimento “De ouvido no Ruído” que reuniu cerca de 50 pessoas da região e de outros bairros, sexta-feira, no auditório da Subprefeitura Lapa. Todos incomodados com barulho de estabelecimentos próximos de suas casas. Estiveram presentes representantes do PSIU (Programa do Silêncio Urbano), o promotor de Justiça, o subprefeito da Lapa, vereadores e a médica patologista com estudos sobre o impacto do ruído na vida do cidadão, Thais Mauad, para o debate.

Em meio a essa movimentação que a Página Editora e Jornal da Gente traz o vereador José Police Neto para falar sobre Plano de Bairro no À Mesa com Empresários desta segunda-feira. Police é autor da recém lançada coletânea de livros Bairro Vivo. Vivo como a região da Subprefeitura Lapa que está dando um exemplo de cidadania em todas as discussões comunitárias. 

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA