Cerca de 300 permissionários da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) iniciaram a discussão sobre a construção de um mercado privado para transferência de seus negócios para um local próprio, em uma reunião realizada quarta-feira, 21, no Buffet Yano, na Vila Leopoldina. Os permissionários Claudio Furquim e Sérgio Benassi são entusiastas da ideia de transformar todos os permissionários da Ceagesp em proprietários e administradores do próprio negócio. “Nós já tivemos uma reunião na semana passada com uma pessoa que se apresentou como representante de confiança da WTorre. Ele disse que existe uma area muito grande entre a Via Anhanguera e Bandeirantes, com seis milhões de metros quadrados e que poderia dispor de um milhão de metros quadrados para construir um novo Ceasa (Ceagesp). A proposta seria sair daqui (da Leopoldina) como permissionários e ir pra lá, com instalações modernas, como proprietários, para uma administração mais eficiente e competitiva”, explica Furquim.
Para ele a concepção do projeto é interessante. “É por isso (para discutir essa ideia) que estamos fazendo essa reunião”, declarou Furquim. “Temos que ter desprendimento e discernimento de ver se a proposta é viável financeiramente e principalmente operacionalmente para nós”, acrescentou o permissionário. Outro permissionário, José Luiz Batista, aprova a ideia do novo mercado. “Operacionalmente, o Ceagesp não foi mudando de acordo com as necessidades das atividades. Se você for modernizar esse mercado (o Ceagesp) teria que jogar tudo no chão e fazer um modelo novo, o que ficaria inviável (financeiramente), afirmou Batista.
Localização
O terreno, semelhante ao da Ceagesp na Leopoldina, fica na altura do quilômetro 28 da Rodovia dos Bandeirantes. “É um desafio muito grande, mas são os grandes desafios que movem o mundo”, disse Sérgio Benassi na busca de adesão dos cerca de 300 permissionários presentes ao encontro de quarta-feira. “Sou da opinião que se estamos em uma economia de mercado, o empresário tem que buscar suas alternativas, o governo tem que cuidar de saúde, educação, segurança, etc. A proposta é com a WTorre, eles querem sentir que nós estamos mesmo interessados para investir no projeto”, alertou Benassi.
Uma reunião com o representante da construtora WTorre e permissionários está prevista para a próxima semana para mais informações sobre a localização da area e a concepção do projeto do novo mercado atacadista.