A moradora da região da Lapa e uma das fundadoras do Movimento Ouvido no Ruído, Fernanda Coronado, foi uma das palestrantes da 1ª Conferência Municipal sobre Ruído, Vibração e Perturbação Sonora realizada pela Câmara Municipal entre segunda e terça-feira (28 a 30 de abril). Para ela, a conferência foi importante no sentido de consolidar e registrar muito do que já sabemos. “O barulho faz mal à saúde de maneira silenciosa e agressiva, precisa ser visto como questão de saúde e de bem estar social”, alerta a moradora que sofre com o barulho de uma boate e um bar próximos de sua casa.Para Fernanda, é fundamental que a Prefeitura transfira o controle e a gestão acústica da cidade para a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, assumindo uma postura em favor da qualidade de vida da população. Em sua análise ficou claro que as pessoas estão muito nervosas, pois precisam de ações imediatas além do debate. A palestrante cita os efeitos prejudiciais do ruído urbano na saúde. “Sons graves e baixas frequências (entre 5 e 10 hertz) entram em ressonância com a membrana que envolve os orgãos do abdômen, podendo levar as pessoas a terem náuseas e dores de cabeça”. Na parte legislativa, ela diz que a lei precisa ser revisada. “Ainda assim, podemos comemorar uma conquista. Já está previsto no texto do Plano diretor Estratégico de São Paulo a elaboração de uma Carta Acústica com o prazo de um ano para os primeiros resultados”, comenta a moradora”.
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