O Plano Diretor Estratégico da Cidade de São Paulo aguarda a sanção do prefeito Fernando Haddad para entrar em vigor. O Projeto de Lei (substitutivo) foi aprovado, segunda-feira (30), em segunda e definitiva votação na Câmara Municipal de São Paulo. O Plano Diretor traça um conjunto de diretrizes que vai orientar o crescimento da cidade pelos próximos 16 anos.
Foram 44 votos favoráveis e oito contrários dos vereadores Andrea Matarazzo (PSDB), Aurélio Nomura (PSDB), Claudinho de Souza (PSDB), Coronel Telhada (PSDB), Floriano Pesaro (PSDB), Patrícia Bezerra (PSDB), Natalini (PV), e Toninho Vespoli (PSOL). “O Plano Diretor não é um projeto exclusivamente de uma administração, nem de um vereador, nem de um partido. É um projeto da cidade, que incorporou um conjunto amplo de propostas que vieram de todos os segmentos. Estão contempladas as várias visões presentes na cidade”, afirmou Nabil.
Entre as principais propostas do PDE está a criação de pólos de desenvolvimento econômico nas periferias, a ampliação de áreas destinadas à moradia popular, a criação de territórios culturais e a recriação da zona rural do município além da concentração do adensamento construtivo e populacional ao longo dos eixos de transporte, aproximando moradia e emprego.
Contrário – O vereador Matarazzo votou contra o Projeto de Lei do Plano Diretor (aprovado). Para ele, o plano tem problemas. “O mais grave é a questão dos eixos de transportes com adensamento indiscriminado por toda cidade – que foi proposto pelo executivo e não foi alterado. A gente sabe que tem locais saturados. Você pode construir prédios quatro vezes o tamanho do terreno e as pessoas você vai por aonde? Como elas vão chegar e sair de casa? Tudo isso tem que ser levado em consideração e o Plano Diretor não leva, ele trata a Cidade como se ela fosse inteirinha igual e como se os eixos de transportes estivessem vazios precisando de mais pessoas para ser transportadas”, explicou Matarazzo. “Votei contra por causa disso, mas o Plano tem avanços, até nas ZERs – Zonas Estritamente Residenciais (como City Lapa) que tentaram mudar, abriram a possibilidade de se manter da mesma forma porque elas são pulmões da cidade. Criamos as zonas de transição entre as ZERs e áreas de comércio para o aumento de coeficiente não ser abrupto. Tem uma série de melhorias que são boas para a cidade”, finaliza Matarazzo.
A votação do Plano Diretor foi acompanhada por movimentos de habitação, cultura, meio ambiente, contra o transbordo na Vila Jaguará, pela preservação das ZERs (Zonas Estritamente Residenciais) entre outros.