SP continuará em crise

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Com o pretexto de aproximar moradia do trabalho ao longo das vias com metrô, trem ou ônibus e nos 600m em volta das respectivas estações, o novo Plano Diretor permitirá a verticalização de 12% da área urbana nos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana. Não prevê obrigatoriedade de projeto urbanístico prévio, definição de prioridades e  estudos  do impacto que estes novos edifícios trarão aos bairros circunvizinhos. Delega ao mercado imobiliário o dever da municipalidade de planejar seu território, sem a garantia de que o transporte existente – que já não dá conta da demanda atual de passageiros – atenda o adensamento populacional pretendido.

O Plano coloca 28% da zona urbana à disposição dos investidores construírem nas Macroáreas de Estruturação Metropolitana novas operações urbanas em quantidade jamais imaginadas  terão prédios muito maiores do que o hoje previsto. Lembramos que as Marcoáreas estão nas várzeas dos rios e são muito frágeis ambientalmente. Não foram impostos  cuidados que condicionem sua ocupação.E tudo isto sem proteger bairros exclusivamente residenciais e residenciais de baixa densidade horizontais que são áreas onde vivem os cidadãos comuns, sem previsão de  qualquer índice de áreas verdes compensatórias proporcionais à verticalização alcançada, áreas para usos necessários para atender a exponencial demanda de serviços públicos decorrentes dos adensamentos populacionais previstos em grande parte da cidade. 

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