Café democrático

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Um debate democrático marcou o Café com a Comunidade que teve como convidado-palestrante o secretário de Infraestrutura e Obras da Prefeitura de São Paulo e presidente da SPObras, Roberto Garibe, falando sobre investimentos e projetos, na manhã de quinta-feira. O secretário, seus diretores e assessores apresentam a previsão de investimentos (R$ 25 bilhões) para as 123 metas propostas pela gestão Haddad. 

O Café teve como recheio novidades como o anúncio da autorização da CPTM para abertura dos postos dos dois lados do trilho (Avenida Marquês de São Vicente e do lado da Pompeia) para escavação do túnel da obra de canalização do córrego Água Preta. Assim a canalização (uma luta da presidente da Associação Amigos da Vila Pompeia, Maria Antonietta de Lima e Silva) vai avançar do lado da Marquês de São Vicente para a Pompeia. “Essa passagem do túnel era muito complicada. A CPTM nos deu autorização para abrir dos dois lados da ferrovia e cavar o túnel enquanto eles estão preparando todas as observações no nosso projeto. Temos acordado com os empreiteiros da obra até o final do ano, período das chuvas, a funcionalidade desses canais que estão sendo feitos e acabar com as enchentes do lado da Francisco Matarazzo e Pompeia”, explicou o secretário. “Soltamos a última  amarra que era a discussão com a CPTM”, frisou Garibe. O governo do Estado também tem projeto de junção das linhas de trem para modernização e construção de uma mega estação da CPTM na região. 

Antonietta pediu ao secretário para que a comunidade seja ouvida quanto à aplicação dos recursos arrecadados na antiga Operação Urbana de 1995 (R$ 627 milhões). Ela quer que o dinheiro (segregado para aplicação em cinco obras) seja usado de forma correta, dentro da região. “Se o Estado tem projeto de modernização e realocação dos trilhos para construção da nova estação Água Branca e abertura do viário, não precisamos gastar nosso dinheiro  (da Operação) com desapropriações para fazer a mesma coisa, se o projeto é da CPTM”.  Garibe disse que a parte de engenharia é de sua secretaria (Siurb), mas a concepção do projeto de Operação Urbana é de SPUrbanismo.

Outra questão que gerou debate foi o traçado da Ponte Raimundo Pereira de Magalhães que vai ligar Pirituba à Lapa. O presidente da Amocity é contra o projeto e promete ações na tentativa de fazer com que a comunidade da Lapa seja ouvida. Entre as demandas apresentadas estava ainda a construção de galerias dos córregos Tiburtino e Curtune (Lapa), Leopoldina e Cintra (Jaguara), mas segundo Garibe, o problema é que dificilmente haverá recursos para executar todos eles (cerca de 100 milhões). A saída será a nova subprefeita definir junto com a comunidade o que será melhor para a região. Talvez a decisão seja pelos projetos do Tiburtino e Curtume se levarem em conta o projeto de unificação das estações da Lapa e a construção da nova Estação Água Branca. Por outro lado, a Leopoldina que passa por transformações e a Jaguara também precisam resolver as enchentes. É difícil, mas uma decisão precisa ser tomada. 

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