Moradores e empresários da região se reuniram segunda-feira, 22, para debater a minuta da resolução que amplia o tombamento da City Lapa, na Distrital Oeste da Associação Comercial de São Paulo. A resolução tramita no Conpresp (Conselho Municipal de preservação do patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo). A minuta da resolução considera que não foram incluídas algumas quadras pertencentes ao loteamento original da City Lapa na Resolução 03/Conpresp/09 (tombamento da City Lapa de 2009) e por esse motivo foi aberto o processo (de ampliação).O ex-subprefeito Adaucto Durigan explicou que a diretoria do Consabs (Conselho das Associações Amigos de Bairro da Região Lapa) entregou um ofício ao relator, conselheiro Marcelo Manhaes, na segunda-feira, sobre a ampliação do tombamento nas áreas que integraram o antigo loteamento da Cia City (“City Lapa”) e quadras adjacentes ao perímetro tombado. O ofício relata a preocupação da comunidade com “a proposta que não foi discutida com entidades representativas e moradores atingidos pela resolução que tem objetivo de preservar o atual traçado urbano, a vegetação e as atuais linhas demarcatórias dos lotes além de restringir gabarito de altura, recuo e construção de muros, entre outros itens”. Para a geóloga, pesquisadora do IPT e moradora da Lapa, Ros Mari Zenha, o momento não é de discutir o conteúdo da resolução. “Acabamos de aprovar o novo Plano Diretor Estratégico da Cidade de São Paulo e entramos em um novo momento que vai merecer a discussão do Plano Regional Estratégico (da Lapa), do zoneamento e Lei de Uso e Ocupação do Solo. Se vamos discutir o Plano Regional Estratégico da Lapa, a nova Lei de zoneamento, uso e ocupação do solo, essas coisas vão ter que ser debatidas dentro desse processo, não vamos pegar algo de 2009 e colocar agora. Não tem a menor lógica”, disse a geógrafa que sugeriu a comunidade procurar os conselheiros, vereadores e o Ministério Público para barrar qualquer decisão que deve fazer parte do debate do novo zoneamento.A presidente da Assampalba (Associação de Amigos e Moradores da City Lapa e Bela Aliança), Maria Laura Zei, afirma que a entidade foi responsável pelo pedido de tombamento da área da City feito em 2009. “No mesmo dia, os conselheiros abriram a resolução para ampliação da área. Foram eles que propuseram (a ampliação), não fomos nós (da Assampalba) que pedimos a ampliação”. A ampliação do tombamento está na pauta de discussão da próxima reunião do Conpresp que será na terça-feira, 30.
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