Secou o lago na area da sabesp

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Lago do parque está secando e garças agora andam ao invés de nadar

A crise hídrica que atinge São Paulo está secando até o lago do Parque Leopoldina Orlando Villas Bôas, que fica em area da Sabesp cedida à Prefeitura para funcionamento do parque. Quem visita o local percebe que as garças que antes nadavam, agora caminham na lama. Na manhã de quarta-feira, 29, moradores e comerciantes da Vila Romana (como clubes e restaurantes), parte alta do distrito da Lapa, ficaram sem água. A Sabesp foi questionada sobre o ocorrido, mas até o fechamento desta edição não respondeu a reportagem.

Diante da maior crise hídrica dos últimos 80 anos, a população vem alterando antigos hábitos. Na região da Lapa, por exemplo, alguns restaurantes já buscam alternativas para diminuir o consumo de água, trocando copos de vidro pelos descartáveis. É o caso do restaurante Dona Maria, na Vila Romana. Muitas donas de casa estão reutilizando água da máquina de lavar roupa, que antes era descartada, para limpeza de pisos e calçadas.

A síndica do condomínio Viana, da Lapa, Maria Moura, explica que além de conscientizar os moradores para reduzir o consumo de água, o prédio investiu em um novo encanamento para a subida da água para o reservatório. “Isso acabou com possíveis vazamentos e acelerou o abastecimento da caixa d’água. Nossa estimativa é que vamos pagar o investimento em menos de dois anos com a economia que vamos fazer”. Na sexta-feira (31), o Sistema Cantareira atingiu 12,6% de sua capacidade, incluindo a segunda cota da reserva técnica (volume morto). A previsão é que volte a chover sobre a região do Cantareira neste final de semana, mas como a situação é crítica, especialistas da área e do governo reforçam a necessidade da população continuar com a economia de água.  Segundo a Sabesp, 49% dos clientes alcançaram a redução de 20% no consumo e receberam bônus de 30% na conta de água. Outros 26% baixaram o consumo, mas não tiveram a bonificação. 

Sabesp explica
A Polícia Civil prendeu cinco homens, por furto qualificado por fraudar hidrômetros de água. Três eram empresários e dois fraudadores, um prestava serviço à Sabesp. Entre os presos estava donos de churrascarias e de um açougue em Osasco e outro de um restaurante na Leopoldina, que se beneficiavam da fraude com o valor baixo da conta de água. A descoberta do crime ocorreu após investigação conduzida pela Sabesp em parceria com a polícia. Segundo a Sabesp, o funcionário terceirizado será demitido. A Companhia aplicará também as demais sanções cabíveis em contrato da empresa. As investigações de fraudes fazem parte das iniciativas de combate a perdas da Sabesp. Assim como atua para eliminar “gatos” e ligações clandestinas, A Sabesp revela que age para coibir os fraudadores. No caso em questão, a ação da Sabesp e da polícia obteve os bons resultados.

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