Foi negativa a resposta do prefeito Fernando Haddad ao convite das mais de 50 associações de Zonas Residenciais (eram mais de 40, novas aderiram) que pediam a abertura de um diálogo para tratar da proposta da revisão do zoneamento (Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo) para as áreas que representam. A informação foi dada pelo diretor do Movimento Defenda São Paulo e Conselheiro Municipal de Política Urbana, Sérgio Reze. Segundo ele, Haddad delegou para o secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Melo Franco, a missão de “dialogar” com as entidades.
Os representantes de áreas residenciais pediram ao prefeito o mesmo direito dado a outros movimentos, principalmente, os de moradia, de abrir um diálogo franco com o segmento.
Para o presidente da Amocity (Associação de Moradores da City Lapa Canto Noroeste), Jairo Glikson, a nova lei pode eliminar a prevalência das restrições convencionais de loteamentos já implantados com os novos parâmetros propostos de parcelamento, uso e ocupação do solo. “Essa garantia legal, reconhecida no art. 247 da Lei nº 13.885/04, não deve ser suprimida, uma vez que irá comprometer a preservação das ZERs (Zonas Estritamente Residenciais), quase todas regidas por restrições do loteador”, diz Glikson.
A urbanista Lucila Lacreta afirma que a proposta da Prefeitura é incompleta e desconstrói o zoneamento. “Mas dá para ver o caos que vai gerar na Cidade”, afirma Lucila.
De acordo com Reze, a presença do secretário de Desenvolvimento Urbano está confirmada na reunião que será realizada nesta segunda-feira,17, às 18h, no Instituto Biológico (Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1252, no 6º andar, na Vila Mariana).