A Prefeitura de São Paulo e o Governo Federal estudam uma parceria para transferência da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), da Vila Leopoldina para outro local. O prefeito Fernando Haddad afirmou esta semana que o terreno de 700 mil metros quadrados, onde está o entreposto, poderá receber ação de desenvolvimento urbano, com criação de bairro de uso misto. “A Ceagesp está estudando para onde vai mudar e nós o que fazer com o terreno. Com aquela infraestrutura, temos um caminho incrível de desenvolvimento urbano que destravaria o processo de ocupação da Marginal Tietê em novos moldes”, afirmou Haddad.
Está prevista a assinatura um acordo de cooperação entre a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e Haddad para a realização de um estudo de viabilidade técnica para encontrar uma nova área para mudança da Ceagesp da Leopoldina. Segundo Haddad, em estudos realizados pela Prefeitura, a Ceagesp foi considerada o maior entrave ao desenvolvimento da região, entre os problemas apontados está o trânsito de caminhões. “O deslocamento da Ceagesp para uma região onde a logística seja mais favorável à distribuição de hortifrutigranjeiros é essencial e vamos fomentar esta mudança, talvez para uma área próxima ao Rodoanel”, disse Haddad.
O valor das terras do entreposto está estimado em R$ 3 bilhões. A Ceagesp confirma a intenção de discutir a mudança do entreposto para outro local, mas ainda é necessária a assinatura do convênio entre as partes interessadas. De acordo com a Ceagesp, ainda não há nada definido em relação a possíveis espaços para transferência do entreposto. A partir da assinatura do convênio é que serão feitos os estudos iniciais de viabilidade técnica e econômica. O presidente do Sincaesp (Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo), José Luiz Batista, disse que o projeto de mudança deve ser mais amplo e repensar o abastecimento atacadista da Grande São Paulo e região da Cantareira. “O Sincaesp não é contrário a um novo Ceasa, mas ele não precisa ser em outro espaço”. Para Batista, as necessidades atuais consistem em novas diretrizes de gestão entre governo e permissionários.