Conselheiros do Parque Leopoldina Orlando Villas Bôas, do Cades-Lapa, de entidades e moradores da região estiveram reunidos segunda-feira (13) com o vereador Gilberto Natalini para discutir o encaminhamento a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, Sabesp e Justiça para a reabertura da área. Fechado desde 9 de março por decisão da Justiça, a pedido do Ministério Público, por suspeita de contaminação, o parque preocupa a comunidade que teme perder a área de lazer (em área da Sabesp) para o mercado imobiliário.
Glaucia Prata, do Movimento Popular de Vila Leopoldina, lembrou que antes da inauguração do parque, a Cetesb já tinha pedido de análise ambiental e de risco da área. “A área que ficou separada para o parque era usada por funcionários da Sabesp (para lazer). Ali existe risco, sim, de gás metano, mas como a área é aberta, dispersa. O parque abriu nessa situação, mas foi pedido um acompanhamento com análise de risco e também para informar o que deveria ser feito para a segurança dos usuários e funcionários. Isso faz cinco anos que a Cetesb pediu para Sabesp apresentar o estudo. Pediram prazo e assim a situação ficou até fechar o parque”, explicou Glaucia. “A ação civil (do MP) é de 2010, depois ela retornou em 2012 e agora a juíza entendeu que em cinco anos ainda não foi feito nada e pediu o fechamento do parque. A Sabesp contratou uma empresa para fazer o estudo. O prazo é de 9 meses para conclusão. Precisamos saber se é necessário todo esse tempo para reabrir. Outra coisa é proteger o parque para não perder a área para a construção civil e também cobrar providências da Secretaria do Verde para implantação do parque na área da ex-usina”, concluiu a líder comunitária.
Autor da Lei de criação do parque (na área da ex-usina de compostagem (que aguarda a retirada de equipamentos da Secretaria de Serviços para descontaminação), o vereador Gilberto Natalini está engajado na defesa do parque. “Sabemos que há poderosos interesses imobiliários, mas não vamos esmorecer. Queremos o parque de volta”, disse vereador.
Para a conselheira do Cades-Lapa e advogada, Rosana Altafin, não existe nenhuma prova contundente que faça com que o parque fique fechado. “Como Cades, vamos nos reunir para achar uma legitimidade e entrar nesse processo para tentar revogar a liminar (de fechamento)”, afirmou Rosana.