Se o Parque Leopoldina/ Villas-Boas tivesse o sobrenome de todos os que lutaram por ele, seu nome seria maior que o da Imperatriz que batiza o bairro. Eu ainda era vereadora quando conheci a Glaucia Prata, guardiã da memória da longa batalha, na área da antiga Usina de Compostagem, bem como o PL do Gilberto Natalini. Assumimos a Subprefeitura em 2009 com a determinação de tirar o projeto do papel. Com muito suor, logramos transferir as Cooperativas ali instaladas precariamente, mas ainda havia muito por fazer. Enquanto isso, do lado de lá do muro, a bela área da Sabesp fazia sonhar com um espaço público ainda maior – e ter pesadelos com a iminência de sua venda para um empreendimento privado. Junto com os também militantes Stella Goldenstein, no governo do estado, e Eduardo Jorge, Secretario do Meio Ambiente, conseguimos uma adesão decisiva: a do governador José Serra. Ele determinou, com o JG como testemunha, que o terreno da Sabesp virasse um parque público e não um condomínio fechado. Firmado acordo para que a prefeitura cedesse imóveis que interessavam à empresa, reduzindo o valor do desembolso pela desapropriação, fizemos o essencial para que a população pudesse desfrutar imediatamente de preciosa área de lazer. Na gestão seguinte, o retrocesso. O prefeito Haddad não se empenhou em concluir a negociação e adquirir o terreno, alegando falta de recursos (em área de Operação Urbana)! Agora renunciou ao dever de defender a municipalidade ao não reagir à ação equivocada do Ministerio Público. Jogou a luta no lixo. Os Villas-Bôas fizeram História com a criação do Parque do Xingu – que Fernando Haddad não escreva a sua matando o Parque Villas-Bôas.
Soninha Francine e Carlos Fernandes foram subprefeitos da Lapa no período de 2009-2010 e 2010-2011.
