Os supermercados da cidade poderão a partir de segunda-feira (13) cobrar pelo fornecimento das sacolas plásticas. Até este fim de se semana vigora o acordo entre a Associação Paulista de Supermercados (Apas) e a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) que garantia o fornecimento de duas sacolas gratuitas aos consumidores nos supermercados da cidade. O acordo foi fechado em maio como alternativa para resolver as reclamações pela cobrança do produto, que chegaram a 500 casos em menos de uma semana.
A cobrança, porém, não é unanimidade entre os supermercados, uma vez que alguns já fornecem o produto sem custos. Uma campanha de conscientização sobre sustentabilidade era outro termo previsto entre as partes. Deve valer ainda por quatro meses a prática de preço promocional para sacolas reutilizáveis como forma de incentivar o uso para carregar mercadorias.
Na segunda-feira, 6, a Justiça negou pedido de liminar da Prefeitura de São Paulo que visava impedir a cobrança na distribuição de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais na Cidade. Para o Poder Judiciário, supermercados e lojas que cobram pela sacolinhas não cometem irregularidade – nem se verificou preço excessivamente alto do produto.
Para o vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Paulo Pompilio, a cobrança das sacolas é uma forma de chamar a atenção para a causa ambiental. “Temos trabalhado muito para diminuir o impacto das nossas atividades no meio ambiente. A redução do uso das sacolas plásticas é um dos desafios do setor”, disse, sem comentar o teor do processo que a Prefeitura move contra a Apas.
Pompilio falou da diminuição do uso das sacolas plásticas desde abril, quando foi proibida a distribuição das antigas sacolas brancas. “Quando vamos na loja, já vemos muito mais gente levando suas próprias sacolas. É um engajamento para diminuir esse impacto no meio ambiente”, concluiu.