A Biblioteca Mário Schenberg oferece um serviço especial para portadores de deficiência visual com um acervo de livros clássicos e lançamentos em Braille, além de um aparelho que transforma publicações comuns em arquivo de áudio. Na biblioteca a população com necessidades especiais tem acesso a mais de 2600 livros.
São Paulo tem uma população de 2.274.466 deficientes visuais, de acordo com o último censo realizado pelo IBGE em 2010. Apesar do serviço de qualidade, o problema ainda é o acessibilidade da população à biblioteca, distante do terminal de trem e sem rota podotátil na calçada. Em frente ao prédio é possível ver diversos desníveis que dificultam a passagem das pessoas. Para Francisco Marcos Dias, coordenador de T.I. da biblioteca que participou da implementação do projeto do Núcleo de Apoio ao Deficiente Visual, a iniciativa é muito boa, mas é fundamental melhorar o acesso. “A Secretaria Especial da Pessoas com Deficiência tem ações muito positivas, mas deve dialogar com outras secretarias”, afirma. Ele defende que é preciso cobrar da subprefeitura mais projetos de acessibilidade para a população.
Com um público de menos de 10 pessoas por mês, sendo alguns universitários da região, o bibliotecário Sérgio dos Santos conta que existe uma alternativa de atendimento para quem não consegue acessar o espaço. A biblioteca também faz empréstimos de livros em Braille e livros falados por meio de Cecograma, um serviço gratuito prestado pelos Correios para remessa do material. “Por enquanto precisa ligar para reservar. São pessoas que contam com a ajuda de alguém”, conta Sérgio, que administra o acervo.
Apesar do Braille ser exigido em escolas para pessoas com deficiência, Sérgio diz que aumentou a procura dos audiolivros por jovens e idosos que perderam a sensibilidade dos dedos.