A área da Prefeitura Regional da Lapa teve manifestações pontuais na sexta-feira, 28, segundo o comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Claudinei Pereira. “A (Avenida) Francisco Matarazzo teve uma manifestação, mas foi controlada. Não houve interdição, só uma ocupação parcial, o trânsito não foi interrompido”. No balanço do comandante não teve nada de significativo, apesar do dia de movimentação e manifestações em todo Brasil. “Teve molecada (das escolas) na calçada, mas nada relevante. Tinha boatos de bloqueios nas entradas da Ceagesp. Colocamos o policiamento lá de madrugada para evitar o fato, mas não teve nada”, explica o comandante. “O efetivo está mobilizado para atuar em caso de necessidade. Está tudo normal”.
O chefe do departamento de Engenharia de Tráfego Noroeste 1 da CET, João Felix, confirmou a mesma sensação de tranquilidade do comandante da PM. “Aqui na região, a sexta-feira parece dia de feriado. Só teve mesmo a manifestação da Francisco Matarazzo junto à Avenida Auro Soares de Moura Andrade de trabalhadores de um prédio comercial”, disse ele sem apontar problemas no trânsito. “Para se ter uma ideia, a faixa reversível da Avenida Edgard Facó (no horário de pico) com a Ponte do Piqueri, que dá na Lapa, foi desmontada às 8h, geralmente, isso é feito às 9h”, revela o engenheiro da CET.
O prefeito regional da Lapa Carlos Fernandes disse que a sexta-feira foi um dia normal. “Foi o melhor dia para se trabalhar, não tinha trânsito. As equipes foram para rua e fizeram o trabalho normalmente”, afirma.
As ruas ficaram com menos veículos e ônibus por conta da paralisação no transporte contra a reforma trabalhista e da previdência. O terminal de ônibus da Lapa amanheceu vazio. A tarde já tinha algumas linhas circulando pela região. O serviço de emissão de passaporte da Polícia Federal na Lapa atendeu apenas as pessoas que foram retirar o documento e casos de urgência.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria afirmaram que cobrarão dos sindicatos de funcionários do Metrô, da CPTM e dos ônibus, a multa imposta pela decisão judicial que proibiu a paralisação da categoria. Eles afirmaram que os funcionários grevistas terão corte do ponto. Doria criticou a atuação sindical e disse que o maior prejudicado pela mobilização é o trabalhador.