Tânia Maia nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro, morou em Salvador, mas adotou a Vila Leopoldina como o bairro que quer viver. Moradora da Rua Carlos Weber desde outubro do ano passado, ela se apaixonou pela vila e, junto com um grupo de amigos, criou o Muda Leopoldina para desenvolver o trabalho voluntário na região.
A participação na reunião do Fórum Social da Vila Leopoldina foi a primeira pauta do novo movimento. “A ideia nasceu dentro do Muda Mooca que existe há 20 anos e que vem crescendo muito de um tempo para cá porque as pessoas estão mais interessadas em plantar árvores. O Muda era só plantar árvores, depois a gente foi evoluindo para um trabalho educativo com crianças. Do Muda Mooca nasceu o Muda Bixiga, Ipiranga, e como eu e o Carlão Kauffmann (jornalista) somos da região, eu da Leopoldina e ele da Lapa, criamos o grupo aqui. A gente quer fazer o mapeamento das árvores, entender como está aqui. Viemos na reunião do fórum para saber qual o interesse de engajamento de outras organizações (no nosso projeto). A gente veio ver o que é possível fazer junto com outras organizações para ser mais forte e desenvolver melhorias para o bairro e na vida das pessoas também”.
Tânia já atuou na área de dependentes químicos. “Nós temos um trabalho educativo que já nasceu de uma ideia bem bacana e eu venho da área de dependência química. Tenho super interesse na área social. Eu me sinto muito bem e gosto muito desse bairro e quero dar a minha contribuição”, afirma a moradora.
Segundo Tânia, a ideia é desenvolver ações educativas. “A gente quer mobilizar crianças, escolas e universidades. Vamos ver o que a gente busca de parceria porque dentro do Muda Mooca também tem outra instituição que é o CEU – Centro de Excursionismo Universitário – que já está há mais de 45 anos aqui em São Paulo – que realiza escaladas com um trabalho muito forte de mudança nas pessoas. É escalada mesmo. Tem um membro que é um dos fundadores do CEU e morador da Rua Trípoli. A gente pensa também em fazer um esporte para promover o engajamento social aqui”, explica ela. “As ações do Muda Leopoldina são voluntárias e gratuitas”, conclui Tânia.