Educação na pauta

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Enquanto o Ministério da Educação e Cultura (MEC) faz propaganda para apresentar a reforma do Ensino Médio como uma proposta aprovada pelos jovens secundaristas, a Educação volta a ser tema de discussões na região da Lapa. Essa semana, um grupo de alunos da Escola Estadual Romeu de Moraes da Vila Ipojuca ocupou a Rua Tonelero, em frente à escola, para protestar contra o possível fechamento de duas salas, uma do 6º ano do ensino fundamental e outra do 3º ano do ensino médio, com redistribuição dos alunos para outras turmas da escola. Os estudantes tomaram uma das faixas. Houve tumulto quando veículos avançaram e a polícia usou spray de pimenta para dispersar os manifestantes. Vários alunos foram atingidos pelo spray. A ação da PM foi criticada e será levada à reunião do Conselho Comunitário de Segurança da Lapa, na segunda-feira (26), para questionar a medida tomada contra os manifestantes.

Na análise do coordenador da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) da subsede da Lapa, Alexandre Fusco, o fechamento de salas não é interessante do ponto de vista pedagógico porque poderia comprometer a qualidade do ensino.

A Secretaria da Educação afirma que não fecha salas, mas abre turmas de acordo com a demanda, obedecendo às normas estabelecidas pela Secretaria da Educação do Estado de 30 alunos por sala do 1º ao 5º ano, 35 alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e 40 alunos no Ensino Médio. Do total de estudantes 168 alunos pediram transferência da Escola Romeu de Moraes, que tem hoje 707 alunos, sendo 417 do ensino médio e 290 do ensino fundamental (6º ao 9º ano). Em 2015, a mesma escola passou por uma ocupação de alunos contrários à reorganização escolar que tinha previsto tirar as turmas de ensino médio da unidade, deixando apenas as salas de ensino fundamental.

No mesmo dia do protesto dos alunos da Escola Romeu de Moraes, o governador Geraldo Alckmin lançou o curso “Ensino Médio Inclusivo: construindo uma escola para todos”, no Memorial da Inclusão da Secretaria da Pessoa com Deficiência, no Memorial da América Latina. O objetivo é ampliar o conhecimento teórico e prático de educadores que atuam no Ensino Médio regular e Atendimento Educacional Especializado. Nesta primeira fase o curso é aberto a profissionais das 13 Diretorias de Ensino da capital.

Incluir e adequar a Educação à realidade atual é um desafio constante para os governantes. Para debater o tema Educação, a Página Editora e Jornal da Gente traz na terça-feira o sociólogo, membro do Conselho Nacional de Educação e diretor da Faculdade SESI-SP de Educação, Cesar Callegari, para conversar com empresários, dirigentes e profissionais de escolas públicas e particulares na primeira edição do Café Temático. A Educação está na pauta.

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