O condomínio Villa Lobos Office Park realizou na quarta-feira (11) o seu 1º Simpósio sobre Segurança Condominial. O evento contou com a participação de representantes de entidades e da comunidade. José Eduardo de Souza, síndico geral do condomínio, explicou a importância dos investimentos em segurança realizados pela administração. No local circulam diariamente mais de cinco mil pessoas e entre as ações efetuadas pelo Villa Lobos Office Park está a doação de bicicletas para os policiais da 2ª Companhia do 4º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano e a adoção da área verde localizada na Rua Rivaldo Rivetti, com iluminação e implementação de estacionamento para viaturas.
O primeiro palestrante do simpósio foi Jairo Glikson, presidente do Conseg Leopoldina, que falou sobre a segurança vista pela população da Zona Oeste. Ele ressaltou a importância da colaboração da comunidade. “Todo cidadão deve ser copartícipe dos agentes de segurança”, diz. Ele também falou da atuação das associações de moradores como Amocity, Assampalba e Associação Viva Leopoldina, que encaminham ofícios em prol da zeladoria, instalam equipamentos de monitoramento, cobram iluminação e limpeza do poder público e orientam moradores para que, com isso, os crimes sejam coibidos e aumente a sensação de segurança. Falou também do trabalho do Conselho Comunitário de Segurança da Vila Leopoldina, que trabalha como um instrumento de diálogo entre os moradores e os órgãos responsáveis pela segurança.
Em seguida, o capitão Antonio Rivoiro, comandante da 2ª Companhia do 4º BPM/M, agradeceu a colaboração da comunidade e de empresários da região que auxiliam o trabalho da Polícia. Ele apresentou os dados de produtividade da corporação de janeiro a março deste ano, com a recuperação de 73 veículos na Lapa, 160 pessoas presas e a apreensão de 10 armas de fogo e três simulacros. Na região da Vila Leopoldina foram recuperados 21 veículos, 59 pessoas foram presas e apreendidas quatro armas de fogo e um simulacro. Ele citou alguns casos resolvidos com o apoio da comunidade, como o do roubo de torneiras na região e o ladrão da sacolinha, que roubava veículos de mulheres na Vila Leopoldina. Ele agradeceu o Conseg tanto pela ajuda dos moradores como pela valorização dos policiais, com homenagens nas reuniões mensais do conselho.
Dawton Gaia, gerente de Engenharia de Trafégo Noroeste da CET, falou sobre a segurança no trânsito no entorno dos condomínios. Ele explicou a relação entre a velocidade dos veículos e a gravidade das lesões nos casos de atropelamentos e afirmou que o uso do celular no volante já é a terceira maior causa de mortes no trânsito, perdendo apenas para o excesso de velocidade e embriaguez ao dirigir. Entre as medidas que podem ser adotadas para melhorar a segurança estão a elevação de travessias de pedestres, a colocação de rotatórias e o estreitamento de pistas. Ele também cita o uso da tecnologia com câmeras para evitar as ocorrências. “Nosso maior desafio é enxergar os incidentes no momento em que ocorrem e providenciar ações imediatas”, completa.
Carlos Fernandes, prefeito regional da Lapa, apresentou as ações de zeladoria realizadas na região como a poda de árvores e reforma de calçadas. Falou também da importância da população se apropriar dos espaços públicos. “Precisamos cuidar do que é público, do que é nosso, precisamos ocupar, porque isso reduz a violência”, declara. Fernandes ressaltou que a Lapa tem um grande fluxo de pessoas por conta dos estádios, faculdades, shoppings e centros de eventos e entretenimento, que atraem semanalmente um grande público para a região, e reitera a importância dos moradores se aliarem ao estado para a segurança e manutenção desses espaços.
José Roberto Rodrigues de Oliveira, secretário municipal de Segurança Urbana, falou sobre o projeto City Câmeras e demonstrou como funciona o acionamento das câmeras quando é recebida uma ocorrência. Oliveira afirma que o projeto já conta com duas mil câmeras que fornecem imagens para os agentes de segurança, contra as 75 câmeras que existiam quando ele assumiu o trabalho na secretaria, com um custo de R$ 320 mil. “São Paulo tem cerca de um milhão de câmeras, de moradores, empresas e indústrias, e ao aderir ao programa é possível melhorar a segurança de todos”, diz. O síndico José Eduardo de Souza aproveitou para anunciar que o Villa Lobos Office Park irá colaborar com cinco câmeras que monitoram o quarteirão do condomínio. O secretário também falou do aplicativo SP+Segura, onde a população pode denunciar diversas ocorrências como pichações, consumo de drogas e furtos.
A última palestra foi realizada pelo deputado estadual Coronel Camilo, comandante geral da Polícia Militar de 2009 a 2012. Ele falou sobre o projeto Vizinhança Solidária, em que os moradores de uma rua ou quarteirão criam grupos de comunicação para reportar atividades suspeitas. “A população tem um conhecimento maior dos problemas do bairro e essas informações são fundamentais para a Polícia. O Vizinhança Solidária permite criar uma rede de comunicação para o aumento da proteção. Segurança é uma questão de atitude”, declara. O deputado também falou da importância da zeladoria, uma vez que 70% dos crimes ocorrem porque o ambiente é propício.
Ao final, os palestrantes e componentes da mesa receberam troféus e flâmulas pela participação no evento. A Aster, empresa responsável pela segurança do condomínio, ofereceu um coquetel para os convidados.