O prefeito Bruno Covas esteve na Vila Jaguara, na terça-feira (2), para a apresentação de 20 novos ônibus que irão circular na Zona Oeste e Noroeste da cidade. A entrega dos veículos ocorreu na garagem da viação Gato Preto, na Avenida Cândido Portinari. “Estamos entregando hoje mais vinte ônibus. Só aqui na Zona Oeste são 460 novos ônibus e 2300 na cidade de São Paulo. É uma renovação grande da frota para conseguir dar acessibilidade. Já conseguimos chegar a quase 94% da nossa frota acessível, com conforto aos passageiros, com quase 4000 ônibus com ar-condicionado e 3500 com tomadas USB. E melhor conforto não apenas para o usuário, mas qualidade de vida para toda a população com ônibus já com motores Euro V que é menos poluente”, afirma Covas.
O prefeito também elogiou as concessionárias. “As empresas estão respondendo à expectativa que a prefeitura tem delas. As pessoas não percebem às vezes que para transportar 9,5 milhões de passageiros por dia significa uma série de pessoas trabalhando, colaborando, ajudando. É o trabalho de vocês que permite transportar essa quantidade imensa de trabalhadores, trabalhadoras, então agradeço a todos vocês”, diz. Dos 2300 ônibus novos entregues desde janeiro de 2017, 463 veículos foram para as áreas operacionais 1 e 8 do sistema municipal de transporte coletivo público, correspondentes às zonas oeste e noroeste.
Carlos Fernandes, prefeito regional da Lapa, acompanhou a entrega. Ele defende o andamento da licitação dos transportes públicos, que está suspensa pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). “(Desde 2017) São mais de R$ 400 milhões em investimento e poderia ser muito mais. Digo isso porque as empresas concessionárias estão operando em contratos emergenciais. Se a nova licitação caminhasse e fosse estabelecida a concessão de 20 anos haveria muito mais segurança e tempo de retorno para as empresas. Espero ver o mais breve possível o desenlace desta situação, em benefício da cidade e da população”, afirma Fernandes.
Com 51 irregularidades no projeto, o TCM suspendeu a licitação inicialmente no dia 8 de junho, dois dias após a reunião realizada na Prefeitura Regional da Lapa para apresentação da proposta. Entre as irregularidades estão a remuneração desproporcional aos empresários de ônibus no período de contrato, taxa interna de retorno das empresas muito alta e o próprio prazo de 20 anos, considerado muito longo. Os contratos previstos somam um montante de R$ 68 bilhões. No dia 4 de setembro, o TCM verificou novamente os editais e apontou que 36 irregularidades não foram corrigidas e manteve a licitação suspensa, com um prazo de 15 dias para a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT) se manifestar. Segundo a SPTrans, a SMT enviou as correções ao TCM dentro do prazo e aguarda um posicionamento do órgão.