O período de festas de fim de ano acabou sendo de tensão para moradores da Vila Romana, por conta da atividade de suspeitos, tentativas e ocorrências de furtos e assaltos. Um morador da Rua Catão relata que assaltaram sua casa no dia 30 de dezembro e, ao falar com vizinhos, descobriu mais dois roubos e três tentativas de invasão. “A região ficou muito exposta. Sou morador antigo e nunca vi ou presenciei nada semelhante como o que vem ocorrendo”, diz.
Com as diversas ocorrências, os moradores criaram um grupo no aplicativo WhatsApp para comunicar atividades estranhas nas ruas João dos Santos Estrelado, Mipibu, Catão, Bento de Abreu e outras do perímetro. “Percebi que é muito importante os vizinhos se mobilizarem. Os suspeitos passam na frente das casas várias vezes, tocam a campainha. No meu caso ficaram vinte minutos na frente do portão”, completa o morador. A mobilização de vizinhos é premissa fundamental do programa institucional da Polícia Militar Vizinhança Solidária, que pode também incluir a colocação de placas nas ruas e câmeras de vigilância.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, entre janeiro e novembro de 2018, ocorreram 1.255 roubos e 2.953 furtos na região do 7º DP da Lapa.
Tiroteio
Outra ocorrência que marcou o começo do ano foi uma troca de tiros que ocorreu na Avenida Francisco Matarazzo no domingo (6). Um grupo tentou roubar uma empresa de cofres particulares na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, na Zona Sul, fato que desencadeou uma perseguição por parte da Polícia e a troca de tiros, já próxima ao Bourbon Shopping, na Pompeia. Com o tiroteio, dois pedestres foram atingidos, um homem de 57 anos, com tiros no braço e no abdômen, e uma mulher de 19 anos, atingida de raspão. Ambos foram socorridos. O grupo que estava sendo perseguido conseguiu fugir e roubou outro carro para despistar os policiais. O veículo foi abandonado na Praça Charles Miller, em frente ao Pacaembu.