As quatro escolas de samba da região desfilam na próxima semana no Anhembi com temas que passam por críticas sociais e homenagens. A Mancha Verde desfila já na sexta-feira (1º), à 1h25, com o enredo “Oxalá, salve a princesa! A saga de uma guerreira negra”, sobre as lutas de Aqualtune, princesa do Congo que segundo a tradição seria a avó de Zumbi dos Palmares. O samba aborda a escravidão, intolerância religiosa e as lutas pelos direitos dos negros e das mulheres.
No sábado (2) a Águia de Ouro desfila às 22h30, com o tema “Brasil, eu quero falar de você! Que país é esse!”, uma crítica frontal à corrupção e exploração das riquezas em prol da ganância. Logo em seguida entra no sambódromo a Dragões da Real, às 23h35, vice-campeã de 2018, com o metafísico “A Invenção do Tempo – Uma Odisseia em 65 minutos”, sobre a influência do tempo na humanidade, passando por Chronos, deus do tempo até à sociedade moderna.
A Rosas de Ouro desfila às 2h50 com uma homenagem ao povo armênio com “Viva Hayastan!”, lembrando o episódio do genocídio que aconteceu em 1915 e estreitando os laços com a comunidade armênia que vive em São Paulo.
Outra escola da região é a Império Lapeano, que desfila no grupo especial de bairros da Sociedade Amantes do Samba Paulista (SASP) no Butantã no dia 4 de março. O enredo deste ano é “As gargalhadas que ecoam na noite. Nas encruzilhadas podemos te encontrar. Saudação a todas as pombas giras”, em homenagem as tradições da umbanda.