Defesa civil remove famílias do Jardim Humaitá

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Foto: Celso Giannazi

Celso Giannazi
Moradias removidas no Jardim Humaitá em fevereiro deste ano

Na segunda-feira (29) a Defesa Civil removeu as famílias remanescentes que estavam na área entre as avenidas Engenheiro Roberto Zuccolo e Nações Unidas no Jardim Humaitá. Segundo a Prefeitura, das 413 famílias que ocupavam a área, cerca de 70% já haviam saído antecipadamente. A ordem judicial que determinou a reintegração de posse dos terrenos, que pertencem à Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE) e ao município, foi do juiz Renato Guanaes Simões Thomsen, da 4ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

A área foi considerada de alto risco por conta da proximidade com o talude de contenção das caixas de rejeitos que foram retirados do Rio Pinheiros, o que pode oferecer risco de incêndio e explosão por conta da presença de gás metano. A Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB) se reuniu com moradores e lideranças e realizou um plantão na EMEF Ministro Aníbal Freire entre os dias 15 a 18 e 22 a 23 de abril. A SEHAB afirma que todas as 413 famílias receberão auxílio-aluguel, sendo que aquelas que possuem tempo de moradia igual ou superior a dois anos receberão pagamento do benefício continuado até a entrega de uma unidade habitacional. O auxílio-aluguel tem valor de R$ 400 e o auxílio-mudança de R$ 900.

Pessoas que estavam no local também foram encaminhadas para equipamentos da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS). Uma família de dez pessoas foi encaminhada ao Centro Temporário de Acolhimento (CTA) Canindé, três casais e três pessoas foram para o CTA Lapa, um munícipe foi para a unidade de Atendimento Diário Emergencial (ATENDE) Vila Leopoldina e um para o Centro de Acolhida Zancone.
Membros do Conselho Participativo Municipal (CPM) da Lapa acompanharam o caso. “A remoção foi tranquila, teve um foco de incêndio, mas os moradores já não estavam mais lá. Estamos acompanhando o caso e temos a lista com os contatos dos moradores. Conseguimos atendimento para as pessoas que moravam há dois anos, geralmente eles dão para pessoas que estão há cinco anos”, relata o conselheiro Welton Vieira. Nas reuniões que trataram a reintegração de posse no Jardim Humaitá, os conselheiros cobraram a Prefeitura sobre o planejamento da remoção e atendimento, uma vez que os órgãos públicos tinham conhecimento de que se tratava de uma área de risco desde 2018.

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