Para dar continuidade e perpetuar a missão do Marco da Paz, a diretoria da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e o idealizador Gaetano Brancati Luigi decidiram criar o Instituto Marco da Paz. “Quando o Luigi idealizou o Marco da Paz ele recebeu todo o apoio da presidência da ACSP na época, com Alencar Burti, e mesmo com as diretorias que vieram depois porque todos se encantaram com o projeto. Ninguém imaginava então que o Marco da Paz ia ganhar tanta repercussão tanto no Brasil como no mundo. Hoje o Marco da Paz não cabe mais como um setor da ACSP, então resolvemos criar o instituto que ainda vai ser ligado à associação, com um termo de parceria, mas também vamos buscar novos parceiros para desenvolver projetos humanitários que promovam a cultura de paz e benefícios aos cidadãos”, explica João Bico, vice-presidente da ACSP e da Facesp.
Será feita uma assembleia para eleger a mesa diretora do instituto com presidente, 20 vice-presidentes e um grande conselho administrativo que será consultivo e deliberativo. “Já temos apoio de várias instituições internacionais que querem criar termos de parceria com o Instituto Marco da Paz e, em breve, vamos fazer uma assembleia para formalizar tudo”, completa João Bico.
Indicado ao Prêmio Nobel da Paz cinco vezes por conta do Marco da Paz, Luigi, que deverá ser o diretor-executivo do instituto, afirma ser muito grato à ACSP por ter abraçado o projeto, bem como às distritais que promovem seus ideais nas comunidades. Ele conta como teve a ideia de criar o Marco da Paz. “Por 55 anos eu sonhei em criar algo pela paz e no começo dos anos 2000, quando estava no Pateo do Collegio, local que deu origem à cidade de São Paulo, eu notei que não tocava nenhum sino na igreja. Fui falar com o padre que me disse que os sinos da torre tinham sido roubados há mais de 15 anos. Ao ouvir isso me dirigi à ACSP e o presidente Alencar Burti, bem como toda a diretoria, deram apoio e em 15 dias colocamos os sinos na igreja. Naquele momento, quando os sinos estavam sendo colocados, eu tive a ideia de criar o Marco da Paz”, diz.
Em 2020, vinte anos após a concepção do Marco da Paz, sua missão permanece atual e muito importante. “O ser humano nasceu para construir, não para destruir ou medir forças. Precisamos usar a inteligência para realizar o sonho da humanidade de ter paz. A vida é curta, então precisamos prolongar o tempo através da qualidade dos momentos e relacionamentos, começando pelas nossas famílias até o convívio social. O instituto virá para fortalecer o futuro do Marco da Paz no mundo. Eu sou muito grato a Deus, à ACSP e a todos que se engajaram com essa bandeira. É um privilégio e orgulho criar uma coisa no seu quintal e depois o mundo vir a somar nessa criação”, declara Luigi.
Com o instituto, novos monumentos do Marco da Paz poderão ser vistos pelo mundo. “Quando conheci o Luigi havia três monumentos do Marco da Paz, dois no Brasil e um no México. Começamos a trabalhar e hoje temos 34 monumentos pelo mundo, inclusive na Europa e China, além de cerca de 50 processos em andamento de países, estados e municípios interessados na construção. Com o instituto esperamos não só a construção de novos monumentos, mas também a formação de mensageiros da paz”, completa João Bico.
Na Lapa, o monumento do Marco da Paz está na Rua Mercedes com Avenida Brigadeiro Gavião Peixoto.