A Prefeitura de São Paulo publicou um edital para construção de 5 novos piscinões em praças e parques, ameaçando aproximadamente 28 mil m² de área verde. Um deles será na Praça Rio dos Campos, na Pompéia e outro na Praça São Crispim, na Lapa.
Apesar de alguns destes locais sofrerem com acúmulo de água e transbordamento, a maioria da população que mora nesses locais não quer este reservatório e não está sendo ouvida. Como a cidade tem pouco verde, seria muito melhor construir reservatórios em locais impermeabilizados. A Prefeitura ainda não apresentou estudos técnicos que apontem que aquelas praças são os locais mais adequados para receberem os piscinões.
O piscinão é uma solução paliativa e anti-sustentável, e no caso de São Paulo, agressiva para a cidade, pois derruba o pouco verde que ainda nos resta. Por que não subdividir a cidade em bacias hidrográficas e propor nestas áreas uma drenagem sustentável? Existem infraestruturas verdes que manejam a água a partir de intervenções mais ecológicas, econômicas e sustentáveis, como calçadas permeáveis, pisos e vagas drenantes, jardins de chuva e sistemas de cisternas menores. Não podemos descartar o piscinão como uma solução para evitar enchentes em São Paulo, mas antes precisam ser estudadas outras formas de resolver o problema!
Domingo (9) temos um encontro marcado na Praça Rio dos Campos para debater o assunto. Participe!