Situações que permanecem

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Exceto pelo adorno facial obrigatório e a impossibilidade de estar junto com grandes grupos de pessoas, a vida está quase normal novamente. O Hospital Sorocabana continua sendo uma, se não a maior, demanda dos moradores da região, fato que se revela com a quantidade de contribuições enviadas pela população para serem incluídas no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2021, que foi o tema da reunião do Conselho Participativo Municipal da Lapa. Apesar de não divulgar o prazo em que isso vai ocorrer, a Secretaria Municipal da Saúde afirmou em nota enviada a nós do JG que os 60 leitos de enfermaria que serão implantados no Sorocabana para o atendimento de pacientes de Covid-19 serão mantidos após a pandemia. Uma pequena vitória, já que antes a região não contava com nenhum leito para atendimento de pacientes do SUS.

Parte dos parques serão reabertos a partir da próxima semana, com restrições. Na relação de parques que não vão reabrir está o da Vila Leopoldina, Orlando Villas-Bôas, mas isso infelizmente não surpreende ninguém. Apesar de existir um recurso de R$ 2 milhões, provenientes de um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) já depositados no FEMA (Fundo Especial de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) desde junho de 2019, destinados especificamente para a reforma do parque, e a promessa daquela época do secretário municipal do Verde e Meio Ambiente Eduardo de Castro de que as obras seriam iniciadas em dois meses, com reabertura prevista em seis meses, não vimos um esforço para isso ocorrer.

Os bares e restaurantes, grandes impactados da quarentena, puderam reabrir na segunda-feira (6), mas mais da metade deles optaram por não fazê-lo e manter o esquema de entregas por delivery ou retirada. Entre os motivos para não retomar o atendimento presencial ao público está o próprio risco de contaminação de clientes e funcionários, bem como o fato de não compensar em termos de retorno financeiro reabrir por poucas horas por dia e não poder funcionar no período noturno. Sem contar que a expectativa da presença do púbico já era bem baixa, seja pelo medo da doença ou pelo fato de muitas pessoas terem sofrido perdas consideráveis da sua renda, e comer fora será evitado. A situação do setor permanece a mesma desde o começo dessa crise. Difícil.

O que também se mantém é a boa vontade de alguns moradores da região, que lutam por melhorias do bairro em que moram, como a Tia Angela que torna os espaços públicos mais bonitos e transmite mensagens de cidadania. Deveríamos ter mais “Tias Angelas” por aqui e, principalmente, mais pessoas que se comportam como cidadãs.

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