Como era de se esperar, a final da Copa Libertadores da América com a partida entre Santos e Palmeiras, no sábado (30), causou uma grande aglomeração de torcedores no entorno do Allianz Parque e outras ruas da Água Branca, mesmo o jogo sendo no Maracanã. A Vigilância Sanitária multou a Conmebol em R$ 14 mil por causa da aglomeração também verificada no estádio do Rio de Janeiro. Na região, mesmo com as restrições da Fase Vermelha, que proibiam a abertura de comércios aos finais de semana, vizinhos registraram estabelecimentos abertos.
Com uma aglomeração semelhante no jogo anterior, que definiu o Palmeiras na final, moradores levaram a questão às autoridades durante a reunião do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) de Perdizes/Pacaembu, no dia 19 de janeiro, cobrando uma operação conjunta entre os agentes de segurança e a Prefeitura para evitar que o mesmo ocorresse no dia 30, ainda mais em um cenário onde os casos de Covid-19 estavam aumentando.
Questionada, a Prefeitura de São Paulo afirma que a atribuição legal para fazer a fiscalização das definições estabelecidas pelo Decreto Estadual do Plano São Paulo é da polícia, uma vez que quem infringe determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa, comete crime, de acordo com o artigo 268 do Código Penal.
A festa poderia ter sido maior, mas a Polícia Militar de São Paulo vetou a presença de um trio elétrico em frente ao centro de treinamento do Palmeiras, na Avenida Marquês de São Vicente. Segundo a PM, o Palmeiras solicitou a liberação, mas a ideia foi rejeitada pela corporação por conta do aumento do número de casos de Covid-19.