O que pode ser feito

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Conjecturar o que poderia ser feito no passado para termos um melhor resultado no presente até é um bom exercício, mas os ganhos são poucos. O famoso não adianta chorar pelo leite derramado. Se tivéssemos um lockdown rigoroso, talvez os impactos econômicos fossem menores. Seria mais fácil para comerciantes menores aguentarem um ou dois meses de portas fechadas, do que um ano e meio com o abre e fecha e receita intermitente. O auxílio-emergencial poderia ser maior em um prazo menor. E o principal, muitas mortes poderiam ter sido evitadas com o maior controle da ocupação dos leitos nos hospitais. Infelizmente algumas mortes, mesmo com todo o atendimento, não poderiam ser evitadas com esse vírus que age de forma tão imprevisível. Mas talvez pudéssemos evitar as fatalidades de quem não teve lugar para ser tratado. E cada vida importa. Isso não pode ser esquecido.

Ainda no tema da saúde, durante essa semana a Distrital Oeste da ACSP realizou uma live sobre as perspectivas do Hospital Sorocabana, com presença do secretário adjunto da saúde Luiz Carlos Zamarco. O discurso segue o mesmo, de que basta a transferência oficial e plena da estrutura do Estado para o Município que o hospital será reaberto. A promessa é que isso aconteça em breve, apesar de já se somarem alguns anos desde que a proposta da transferência foi citada pela primeira vez.

Outro avanço foi em relação ao Parque Leopoldina Orlando Villas-Bôas, que segundo a Prefeitura já está passando pela revitalização, com recursos proveniente de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) pagos em 2019, e com previsão de término ainda nesse primeiro semestre de 2021, seguido pela reabertura da área liberada pela Cetesb ao público. Uma ótima notícia caso se cumpra. A importância de áreas verdes e abertas ficou muito evidente nessa pandemia.

Já a Operação Urbana Consorciada Água Branca retorna à Câmara após um veto do prefeito Ricardo Nunes, no artigo dizendo que o formato de parcerias público-privadas não deveria ser utilizado para a destinação de 30% dos recursos arrecadados para a construção de moradias. Embora a revisão da lei não fosse desejada pelos grupos envolvidos no controle social da operação, esse vai e vem da discussão faz com que a execução seja sempre postergada e aumenta a insegurança de que será possível arrecadar os recursos necessários para concretizar tudo o que está previsto.

A recuperação dessa crise sanitária será lenta e dolorosa. Precisamos olhar para o que pode ser feito agora, todas as questões que nos afetam hoje e as soluções que podem melhorar o nosso futuro.

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