O debate da semana foi sobre os impactos que a paralisação das obras da Ponte Pirituba-Lapa têm causado. Para além de ser um projeto de grande interesse, sobretudo dos moradores de Pirituba que hoje só contam com um acesso para atravessar o rio nessa região, que frequentemente está congestionado, dinheiro público já foi gasto. O canteiro de obras se tornou um local perigoso com o roubo dos tapumes que o cercavam. Até a Escola Estadual Alexandre Von Humboldt foi afetada com o furto da fiação no local mal iluminado, ficando sem energia por dois dias.
Como foi dito na audiência pública realizada na Câmara Municipal, com uma obra parada todos perdem. Porém não podemos ignorar que a preocupação que levou à medida judicial da paralisação é relevante. O projeto foi alterado sem os estudos de impacto necessários, inclusive em relação à inclusão das alças de acesso à Marginal que foi uma das principais demandas de moradores da Lapa durante a discussão da obra.
E não menos importante do que a ponte em si, são as obras de drenagem e viário previstas para a Vila Anastácio que vai receber esse volumoso novo fluxo de veículos. Não adianta ter uma passagem com carros parados que não conseguem se mover porque a região está intransitável. Em 2019 fizemos uma matéria sobre o alagamento na EMEI Professora Sarita Camargo, situação que se repete há mais de dez anos e põe em risco a saúde das crianças e funcionários.
Precisamos dos melhores projetos, que contemplem todos os impactos, mas ficar parado não é uma opção. Isso se aplica em todas as áreas da cidade. O Conselho Participativo Municipal da Lapa selecionou na segunda-feira (14) as 15 demandas consideradas prioritárias enviadas por moradores para serem incluídas no orçamento de 2022. As ações de hoje determinam o que será possível fazer no próximo ano. De forma semelhante, está prevista para esse ano a revisão intermediária do Plano Diretor Estratégico, já em andamento, que impacta diretamente na qualidade de vida e de como se constrói a cidade.
Tudo está mudando o tempo todo, não de forma abrupta, mas consistente. Devemos participar. E para fazer isso do jeito mais adequado, se vacinar é fundamental. Garantir a segurança, saúde e finalmente algum controle sobre essa terrível pandemia. Vemos moradores que têm preferência por uma ou outra vacina, e que se não encontram a que desejam quando vão aos postos de vacinação simplesmente preferem ir embora e procurar em outro lugar. Esse desperdício de tempo e recursos não é aceitável. As vacinas são seguras e é preciso confiar na ciência.
Se vacinar, mais do que um benefício próprio, é um ato de cidadania.