A cada ano, a sociedade civil pode se manifestar na construção do Orçamento de São Paulo (conhecido como Projeto de Lei Orçamentária Anual, PLOA). A ideia é fomentar a participação social, trazendo para dentro da lei aquilo que nós, como munícipes, vemos que é importante para a cidade.
Essa semana tivemos a audiência pública devolutiva das propostas da Lapa. Como presidente da Associação AMESP e autor de três das cinco propostas da Lapa escolhidas pela população para a inclusão no orçamento, o sentimento foi de decepção. As três propostas são viáveis tecnicamente, porém não serão incluídas, como solicitadas, por diversos motivos. Por exemplo, a proposta de revitalização e realocação da UBS Vila Anglo foi definida como inviável para o orçamento, já que não está dentro das prioridades sinalizadas pelas áreas técnicas. E isso não porque não precise de reformas ou de um novo local, mas porque há outras prioridades. Mas… se o que a população pediu foi a melhoria dessa UBS, a ideia não era contar com a participação social para definir as prioridades?
O que queremos? Que nossas propostas sejam levadas adiante, não só porque foram escolhidas democraticamente, mas porque – de fato – vemos como importantes para a nossa região, para melhor atender a população local.