A frase “a casa é corpo e é alma” foi dita pelo filósofo Gaston Bachelard. A Casa Amarela é a casa da família, dos vizinhos, dos transeuntes e de todos que por ela passam e se encantam. Ela é imponente, embora sua arquitetura seja simples e de origem operária. A atração que ela exerce, certamente surge da sua autenticidade e pureza.
A Casa Amarela foi erguida num tempo outro, tempo em que havia grande proximidade e respeitoso relacionamento entre o homem e a natureza. A terra, as plantações, os animais, as casas, as pessoas, tudo era parte de um todo comum e harmonioso. Atualmente, a casa reverbera essas memórias recheadas de histórias e de doces convivências. Ela nos afeta e nos emociona pelo simples fato de existir, de resistir às intempéries do tempo e da vida.
A Casa Amarela da Vila Romana foi tombada pelo Conpresp – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo – em 22 de novembro de 2021. Eu, atual herdeira, recebo a nobre missão de cuidar e compartilhar esse bem com a cidade.