Começo do fim?

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Embora o título pareça catastrófico, na verdade a ideia que quero trazer é justamente o oposto. Isso porque finalmente podemos estar caminhando para o fim desse caos de pandemia. Nos últimos dias os casos de Covid-19 dispararam em todo o Brasil. Dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde indicam que no dia 3 de janeiro, a média móvel de novos casos por dia era de 8.400 e a de mortes decorrentes da doença, 96. Agora, uma semana depois, as médias passaram para mais de 36 mil casos e 126 mortes.

Nesta segunda-feira (10), segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 34.788 novos casos de Covid-19 e 110 mortes. Cada vida perdida que se soma às mais de 600 mil mortes da pandemia tem um valor inestimável. Mas para quem chegou a ter mais de 4 mil óbitos em 24 horas, é um alívio ver essa redução. Uma evidente contribuição das vacinas que, se não impedem a contaminação de um vírus que muta e se comporta de forma inesperada, nitidamente salvam vidas. O mais importante.

Se no início, na forma de tentativa e erro, tentamos emplacar um lockdown parcial e determinamos o fechamento do comércio, hoje, o que existem são recomendações do que fazer para evitar o contágio. E não é difícil encontrar flagrantes de quem não está as seguindo. Com o aumento dos sintomas, que podem ser de Covid ou influenza, a aglomeração da semana foi em busca dos testes.

Tivemos dificuldade para agendar os exames e horas de espera em filas. Um comportamento natural considerando que todos querem saber como tratar seus sintomas e se é seguro encontrar com outras pessoas. O problema é que diante da ansiedade de se estar com o vírus que nos aterroriza há quase dois anos, talvez algumas pessoas que não estavam contaminadas tenham entrado em contato com ele justamente na hora de fazer o teste. Seria uma decisão inteligente liberar o uso de autotestes, como é feito em outros países. Por outro lado, para se ter algum controle das estatísticas, precisaríamos contar com a declaração das pessoas que testassem positivo, o que poderia ser feito pela internet ou um aplicativo. Mas sabemos que o acesso e domínio tecnológico ainda não estão 100% à disposição de todos neste país desigual. Temos muito o que melhorar nesse aspecto.

O prefeito esteve na região, no Jaguaré, para anunciar investimentos na estrutura das unidades educacionais. E essas escolas, em breve, receberão seus estudantes, já vacinados e adaptados aos protocolos que deverão ser mantidos por mais algum tempo já que a prevenção deve ser dispensada por último. Mas tudo indica que estamos chegando ao final de tudo isso que passamos. Pelo menos até a próxima pandemia.

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