A igualdade de gênero é um direito fundamental e um assunto prioritário de atuação de diversos organismos nacionais e internacionais. Uma das preocupações é a inserção das mulheres nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemáticas. Essas áreas representam, hoje, um dos setores da economia e do mercado de trabalho que mais cresce no mundo e as mulheres nelas estão sub-representadas.
Em 2017, a ONU Mulheres, entidade das Nações Unidas, destacou que as meninas começam a perder o interesse por essas áreas tão logo ingressam nas escolas. Por que isso acontece? Temos: (1) a influência da família e da própria escola que “formata” as meninas e lhes transmitem uma série de clichês e estereótipos que elas próprias interiorizam, minando sua capacidade de confiar nas próprias potencialidades, (2) o desconhecimento sobre o que é desenvolvido no campo da ciência e da tecnologia e (3) a falta de modelos de mulheres que se dedicam a essas áreas. Segundo estudiosos do tema passa-se a visão de que as mulheres são consideradas desprovidas das habilidades tidas como necessárias para a produção do conhecimento científico e não raro enfrentam preconceitos pautados em rótulos que as definem como sensíveis, emocionais e sem aptidão para o cálculo ou a abstração.
Como reverter esse quadro? Temos que contar com políticas públicas que incentivem as meninas a conhecer melhor e optar por essas áreas em suas trajetórias de vida e o sistema de ciência e tecnologia de São Paulo, com suas universidades e institutos públicos de pesquisa, pode ajudar muito nessa descoberta.