Foto: Tiago Gonçalves
O resultado do primeiro turno das eleições foi o esperado, com os quatro candidatos que agora seguem na disputa para presidência e governo do estado. O clima na hora de votar foi hostil. Eu presenciei um casal com uma criança de colo, que andavam na rua vestindo a cor de apoio ao seu candidato, ouvirem gritos de um motorista apoiador do outro lado que passou por eles. Na seção que eu voto os eleitores estavam bem divididos. O clima continuará assim até 30 de outubro e também após a definição do presidente. Não haverá satisfação do lado que perder, seja ele qual for. O legislativo também promete debates acalorados em 2023.
O que acontece no país afeta a todos, mas quem dera a preferência por um ou outro lado fosse o único fator responsável pelo mal-estar generalizado. Nossa saúde mental está muito mais ligada às condições socioeconômicas. A dificuldade de conseguir emprego, de colocar refeições na mesa, de conseguir pagar as contas no fim do mês. Angústias que, independentemente do que dizem as estatísticas sobre melhora ou piora, deixam aflitos os que passam por elas. E mesmo quem não tem problemas relacionados ao dinheiro, também está sujeito a sofrer com a depressão ou ansiedade. Somos o país mas ansioso do mundo segundo à Organização Mundial da Saúde (OMS). A depressão também dobrou entre os jovens após a pandemia. Como segunda-feira (10) é o Dia Mundial da Saúde Mental, elencamos aqui os equipamentos da rede municipal que oferecem serviços nessa área. Cuidar das emoções e do psicológico nunca esteve tão em voga, o que me parece sintomático do ritmo de vida que vivemos. Não podemos ser negligentes com isso.
E por falar em rede municipal, a Prefeitura enviou à Câmara a proposta orçamentária de 2023, com surpreendentes R$ 11,5 bilhões previstos para investimentos. A lei ainda será discutida pelos vereadores e, também na próxima segunda-feira (10), serão apresentadas as devolutivas sobre as propostas prioritárias escolhidas pelos moradores da Lapa para serem incluídas no orçamento. A mais votada foi a reabertura do Sorocabana, que segue sendo alvo de debate até entre conselheiros do equipamento. Quando o assunto é a saúde pública e um hospital indispensável para a região, é preciso ter respostas concretas, garantias, verbas empenhadas e um cronograma. Apenas promessas e previsões não são satisfatórias. Hora de cobrar.
Ainda sobre clima, apesar das eleições absorverem toda a nossa atenção, importante lembrar que no dia 12 de outubro a Lapa comemora seus 432 anos. Existem ações previstas, mas nem de longe com o ar de união que já vimos no passado.
