Com as presenças dos deputados estaduais do PT, Luiz Cláudio Marcolino e Eduardo Suplicy, a Subsede Oeste – Lapa do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) realizou, na segunda-feira, 10, um ato pelo fim da violência nas escolas públicas e cobrou ações preventivas do Governo do Estado. A manifestação aconteceu em frente à Escola Estadual Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, na Avenida Diógenes Ribeiro de Lima, onde também lecionava a professora Elisabeth Tenreiro, morta no dia 27/3 após ser esfaqueada por um aluno na Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada na Vila Sônia.
Durante o ato, o deputado Marcolino lembrou “ser necessário nos preocuparmos com a questão da violência nas escolas não apenas quando um crime desse tipo ocorre”. “É necessário investigar, realizar um trabalho preventivo de campo, de modo evitar o que aconteceu com a professora Elisabeth”, ressaltou. Já Suplicy cobrou que “o governador Tarcísio de Freitas precisa explicar as razões que levaram à suspensão do programa Psicólogos da Educação”, que atuava de forma preventiva no controle do comportamento agressivo de crianças e adolescentes.
Em reunião do Conselho de Segurança (Conseg) Leopoldina, no mesmo dia, o comandante da Inspetoria Lapa da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Aldo Fernandes, ressaltou que “a GCM está dando atenção especial à vigilância das escolas da região, realizando rondas em todos esses equipamentos”.
Logo após o ataque na escola Thomazia Montoro, o governo estadual anunciou a ampliação de medidas preventivas contra a violência escolar, incluindo o acolhimento psicológico, em ação conjunta da Secretaria de Educação e de Segurança Pública. Além de retomar o programa Psicólogos na Educação, o Estado de São Paulo vai investir mais recursos no Conviva – Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar, que existe desde 2019. Em relação à segurança, a Polícia Militar está se reunindo com diretores de escolas para discutir e ampliar estratégias e programas de combate a agressores ativos.
100 dias de Tarcísio – O ato em frente à escola Di Cavalcanti também teve como objetivo criticar algumas medidas tomadas pelo governador Tarcísio de Freitas em seus primeiros 100 dias de governo. “Junto à bancada de deputados e deputadas da Federação PT/PCdoB/PV na Assembleia Legislativa de São Paulo, denunciamos, especialmente, a determinação do governador em se desfazer do patrimônio de São Paulo, como é o caso da privatização da Sabesp”, ressaltou Suplicy. De acordo com pesquisa Datafolha, Tarcísio tem 44% de aprovação dos paulistas e apenas 11% de reprovação.