‘Viver com, Morrer com’, do coletivo A Penca, se apresenta no Tendal da Lapa

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Foto: Divulgação

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O espetáculo faz um réquiem à natureza

O coletivo de artes circenses A Penca apresenta, na quinta-feira, 7, o espetáculo ‘Viver com, Morrer com’, às 20 horas, no Tendal da Lapa (Rua Guaicurus, 1.100 – Lapa). O trabalho cênico cria situações de convivência entre materiais vegetais, mulheres e imaginários de riscos poéticos e políticos, no qual os artistas reinterpretam materiais naturais, outrora desperdiçados, após explorarem o serviço de poda de árvores de São Paulo.

Os troncos e galhos de árvores que seriam descartados como lixo são transformados em protagonistas, utilizando técnicas circenses para criar conexões únicas. Aberta a todas as idades, a experiência desafia a percepção convencional e convida a uma apreciação mais profunda da interseção entre arte e natureza.

O trabalho é uma célula do projeto Fabulações Simpoéticas, que o coletivo A Penca desenvolve há cerca de 4 anos, investigando parcerias criativas entre mulheres e árvores. Após passar um período acompanhando o serviço de poda de árvores de São Paulo e coletando troncos, galhos e histórias, as artistas propõem uma ressignificação das matérias naturais que seriam descartadas como lixo pela grande cidade. Inspiradas por estudos sobre natureza e gênero, utilizando práticas de movimentação aérea de circo e manipulação de objetos, transformam pedaços de árvores em parceiros cênicos, confabulando possibilidades de estar em relação e inventar mundos.

O coletivo circense A Penca é formado por Andrea Barbour, Bárbara Francesquine e Maria Carolina Oliveira, que também atuam no espetáculo. Os textos são das autoras ecofeministas Donna Haraway e Emanuele Coccia.

A apresentação é gratuita e não há necessidade de retirada antecipada de ingressos.

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