A guerra nossa de cada dia

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Rafael Cervone é presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)

 

Este ano, há uma clara percepção do aumento da preocupação dos brasileiros com a criminalidade, principalmente nas grandes cidades. Além dos irreparáveis óbitos, é assustador constatar que as empresas gastam R$ 171 bilhões anuais com sistemas e medidas de segurança privada para tentar prevenir roubos e outras ocorrências. O valor foi equivalente a 1,7% do PIB em 2022, último exercício com as estatísticas completas disponíveis. É o que aponta um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), inserido no Atlas da Violência.
O contrabando, o descaminho e as falsificações de produtos, em outra vertente corrosiva do crime, causaram perdas de R$ 410 bilhões ao Brasil em 2022, conforme demonstra o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP). Tais práticas prejudicam muito numerosos setores da indústria e do varejo, causam desemprego, afetam a competitividade da economia formal e provocam grande perda de arrecadação tributária. Precisamos, em caráter de urgência, estruturar uma política de Estado eficaz, com união de esforços e sinergia entre os governos municipais, estaduais e federal, com uma perspectiva de resultados pelo menos de médio prazo.

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