Em uma evidente demonstração de descaso e incompetência, o Conselho Participativo Municipal (CPM) da Lapa deixou “escorrer pelo ralo” a verba suplementar de R$ 6 milhões do Orçamento Municipal deste ano destinada à nossa subprefeitura. Trata-se de um valor anual que o Executivo repassa a cada subprefeitura da cidade e que, obrigatoriamente, deve ser utilizado em um projeto de relevância para as regiões indicado pelos CPMs.
Durante o ano, no entanto, esta gestão do Conselho Participativo não foi capaz de definir uma proposta viável para receber a verba suplementar. Como alternativa, resta agora a nós, lapeanos, que elegemos os membros desse órgão, torcer para que a Secretaria Municipal da Casa Civil, pela interferência do subprefeito José Marcelo Costa, defira um pedido para que os R$ 6 milhões desse ano possam ser usados em 2025, somados à verba suplementar orçamentária que será definida para o ano que vem. Caso isso não aconteça, a Lapa, simplesmente, perderá essa considerável soma em dinheiro, e, com isso, a chance de investi-lo em uma obra de peso que beneficiaria a nossa comunidade.
Desde março, quando o CPM Lapa começou a trabalhar na indicação das propostas de projetos, ficou clara nas reuniões a falta de preparo e a desorganização dos conselheiros. Nenhum deles foi capaz de apresentar sugestão minimamente embasada em informações prévias sobre a viabilidade do projeto que estava indicando. As ideias pareciam “surgir do nada” e eram colocadas em votação sem que houvesse um debate mais aprofundado sobre cada uma delas. O resultado disso é que a cada proposta levada para a chancela dos órgãos municipais competentes, a devolutiva foi negativa.
Ao dar aos conselhos participativos a responsabilidade de administrar tamanha verba, a Prefeitura está, indiretamente, transferindo aos moradores de cada bairro da cidade poder para definir, anualmente, um projeto de impacto capaz de fazer a diferença em sua região. Por isso, o mínimo que se espera desses conselheiros é que eles se empenhem em cumprir bem o seu papel. Infelizmente, não foi o que se viu no trabalho feito pelos atuais membros do CPM Lapa.
No próximo dia 8 de dezembro, haverá eleições para renovar os conselhos participativos. É preciso que, desta vez, a Lapa escolha certo, votando em candidatos que, com seriedade e competência, façam jus à importância do cargo que pretendem ocupar. Afinal de contas, não queremos correr o risco de, novamente, perder a verba a que nossa região tem direito.