O Carnaval de rua em São Paulo ganhou uma dimensão desproporcional, mesmo para uma cidade do tamanho da nossa. A folia, que de uns tempos para cá não se restringe mais aos quatro dias protocolares, mas começa um final de semana antes e termina um final de semana depois, terá este ano a participação recorde de 767 blocos, entre bloquinhos e megablocos, que devem atrair cerca de 16 milhões de pessoas, inclusive de fora da cidade.
Por isso, em favor dos que desejam cair na folia e daqueles que querem aproveitar os dias de feriado para descansar, é mais do que certo – e já passou da hora – de a Prefeitura planejar melhor este que se tornou o maior evento da capital paulista. Neste sentido, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) implementou, este ano, algumas iniciativas importantes, como a criação da Comissão Especial de Organização do Carnaval de Rua, composta por nove secretarias municipais, funcionários do Gabinete do Prefeito e pela SPTuris, empresa responsável pelo evento na cidade. Também foi criada a Central Permanente do Carnaval, que tem como objetivo manter um canal de comunicação com todos os envolvidos no evento: blocos de rua, bandas, escolas de samba e entidades carnavalescas. Além disso, para pôr ordem no trabalho dos 15 mil ambulantes credenciados para trabalhar no evento, foram realizados treinamento e a entrega de kits destinados pela AMBEV, o que aconteceu aqui em nossa região, em um espaço na Vila Anastácio.
No que compete à Subprefeitura Lapa, o subprefeito José Marcelo Costa, liderou uma reunião com os responsáveis pelos blocos que vão desfilar na região, discutindo temas como segurança, logística, zeladoria e fiscalização. Este ano, estão credenciados para o desfile nos distritos da Sub Lapa quase 70 blocos, sendo alguns com previsão de até 500 mil pessoas tomando a Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda. O que, sem dúvida, representa um enorme desafio para o nosso subprefeito!
No âmbito do Legislativo municipal, o vereador Rubinho Nunes (UNIÃO) acaba de propor um Projeto de Lei prevendo que a Prefeitura organize uma votação com os moradores das vias impactadas pelos blocos de Carnaval e adjacências para que estes aprovem ou não a passagem dos foliões.
Em comum, todas essas propostas tem como objetivo transformar o Carnaval de rua em São Paulo em uma festa mais democrática, que, na medida do possível, passe a respeitar o direito de todos – o que, tendo em vista os inúmeros incômodos relatados a cada ano (de sujeita a roubos), não tem acontecido. O Carnaval é uma festa do povo e para o povo, por isso, se cada um de nós fizer a sua parte, sempre tentando respeitar o outro, teremos um evento cada vez melhor para todos.