Como o próprio subprefeito Paulo Telhada admitiu, esta semana, na reunião do Conselho Participativo Municipal (CPM), seu primeiro grande desafio ao assumir o comando da Sub Lapa será conseguir, junto ao secretário das Subprefeituras, Fabrício Cobra, mais recursos financeiros para fazer o trabalho da subprefeitura andar, principalmente no que se refere aos serviços de zeladoria verde.
Ao falar com entidades e a comunidade, Telhada tem destacado a defasagem, por exemplo, no atendimento das demandas envolvendo manejo arbóreo – poda e remoção de árvores -, que por conta de um entrave na licitação envolvendo a contratação de equipes para o serviço deixa hoje um “rastro’ de mais de 1.000 pedidos por atender. O corte de grama não fica atrás, já que ele mesmo admite que as praças da região precisam de maior cuidado, estando quase todas elas com mato alto e lixo acumulado.
A meta do novo subprefeito é que os principais serviços realizados pela Sub Lapa – manejo arbóreo, limpeza e corte de grama – passem a contar, cada um, com pelo menos seis equipes, uma para cada distrito da região. Para isso, no entanto, Telhada terá de negociar um aumento considerável na verba orçamentária deste ano destinada à Subprefeitura Lapa. O orçamento total de 2025 liberado para a região pela Prefeitura é de quase R$ 43,5 milhões, substancialmente inferior aos R$ 52 milhões que entraram no caixa da sub no ano passado.
De acordo com o relatório apresentado pelo novo coordenador de Administração e Finanças, José Aquiles Brunetti, além dos R$ 21 milhões que serão destinados à zeladoria, seriam necessários mais R$ 18 milhões para colocar em dia esses serviços.
O fato é que, há muito tempo, o atendimento às demandas dos munícipes pela Subprefeitura Lapa tem deixado muito a desejar. E isso não tem a ver necessariamente com má gestão, mas principalmente com a recorrente instabilidade do cargo. Nas últimas gestões – temos ressaltado isso sempre aqui no JG -, os subprefeitos, indicados em sua maioria por vereadores interessados na região, têm ficado no cargo menos de um ano. Sendo assim, como a realidade mostra, é impossível estabelecer uma rotina de trabalho eficiente. Até porque, com a troca de comando, há também a troca dos cargos de coordenação, o que interfere diretamente na prestação de serviços.
Esperamos, portanto, que o coronel Telhada tenha tempo para deixar a sua marca. E, antes de mais nada, haja com pulso firme na defesa dos interesses da população lapeana, da qual, como morador da região, ele mesmo faz parte. A prova de fogo começa agora!
