Dengue: acende o sinal amarelo

0
55

A ameaça do mosquito da dengue, mais uma vez, preocupa os paulistanos, incluindo a população que mora na região da Lapa. De acordo com dados do portal G1 divulgados esta semana, a dengue “avança na cidade de São Paulo e já é considerada epidêmica em cinco distritos”. A capital registrou este ano, até agora, quase 22 mil casos da doença, com duas mortes, e embora a maior incidência por enquanto esteja concentrada em bairros da Zona Sul da cidade, como o Jardim Ângela, a Lapa deve ficar atenta.

Dados da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) mostram que de 1º de janeiro a 26 de abril foram registrados 310 casos de dengue no Distrito Lapa – região que diagnosticou o maior número de casos dentro da área da Subprefeitura Lapa na 17ª semana epidemiológica compilada pelo órgão -, 293 em Perdizes, 205 casos no Jaguaré, 141 na Vila Leopoldina, 108 na Jaguara e 59 na Barra Funda.

Até agora, felizmente para nós, este quadro não chega perto do caos vivido pela nossa região no ano passado, quando a Vila Jaguara liderou por várias semanas o ranking dos bairros com maior incidência de dengue, chegando a 2.709 casos na mesma 17ª semana epidemiológica de 2024, Lapa vinha logo atrás, registrando 1.791 casos, e a Leopoldina somava 885. Mas, sem dúvida, acende o farol amarelo. Até porque, como o JG ressaltou à exaustão neste mesmo espaço e nas várias reportagens publicadas no período em que durou a fase de epidemia no ano passado, o território da Subprefeitura Lapa tem uma área verde representativa, com muitas praças e bairros arborizados nos quais as casas têm piscinas, o que facilita a proliferação do mosquito Aedes Aegypt, o temido transmissor da dengue, se não houver o controle e cuidado necessários por parte, especialmente, da população.

É importante mencionar que a Prefeitura vem fazendo a parte que lhe cabe nas ações de combate à dengue, enviando os agentes de saúde nos domicílios para checar pontos de água parada e orientar os munícipes. Mas, contra a resistência do mosquito, isto só não é suficiente. Precisamos trabalhar em regime de mutirão, com o envolvimento de toda a sociedade.

Vale lembrar que a nossa região tem um Conselho de Arboviroses, cujo objetivo principal é pensar ações preventivas para o controle de doenças como dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela. Num momento em que a luz amarela se acende, é preciso que este conselho mostre a que veio, tornando-se partícipe de um trabalho proativo, que envolva, especialmente, a divulgação como ponto fundamental. E que, tão importante quanto isto, que a população esteja, mais uma vez, atenta e empenhada em colaborar, fazendo a sua parte para que a epidemia não chegue, mais uma vez, à nossa região.

COMPARTILHE
Artigo anteriorÉ preciso preservar
Próximo artigoGENTE

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA