PARQUE DA ÁGUA BRANCA Usuários discutem com concessionária construção de churrascaria em estábulo tombado

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A realização da edição 2025 da Casa Cor e a construção de uma churrascaria que funcionará temporariamente no antigo estábulo da Polícia Militar dentro do Parque da Água Branca está sendo motivo de embate entre usuários, representantes de associações do bairro, conselheiros do parque e a concessionária Reserva Parques, responsável pela administração do equipamento.

O Conselho do parque alega que a liberação, pela empresa concessionária, do evento e das obras da churrascaria descaracterizam o uso do local, já que o Parque da Água Branca, incluindo a área do estábulo, é tombado pelo patrimônio histórico e possui fauna e vegetação preservados.

Em reunião com a população e os conselheiros, na quarta-feira, 14, a Reserva Parques reafirmou que o projeto e as obras para a construção da churrascaria respeitam as normas estabelecidas pelos órgãos de preservação do patrimônio histórico, mas ainda não apresentou ao Conselho a documentação completa autorizando a construção. Na segunda-feira, 12, a Justiça de São Paulo concedeu liminar obrigando a paralisação das obras, alegando, para isso, que a empresa Fazenda Churrascaria, responsável pela construção, não possui autorização do
Conpresp e do Condephaat para a intervenção em área tombada.

“Isso aqui é um parque, não é um shopping center. Esse tipo de evento como a Casa Cor e o funcionamento de uma churrascaria, mesmo que por tempo determinado, não tem nada a ver com as características do parque e estão prejudicando os animais que vivem aqui, além de estragar a vegetação nativa”, afirma a conselheira Regina Lima.

Há, no entanto, quem considere que o trabalho da concessionária tem sido benéfico para o parque e ajudará na recuperação do local. “O Parque da Água Branca nasceu com uma finalidade agropecuária, sediando feiras e exposições de animais. Mas acho que a Reserva Parques vem fazendo algumas benfeitorias para que o parque ganhe vida novamente, já que ele estava muito malconservado. Todo esse trabalho, no entanto, deve ser feito respeitando as normas de tombamento”, diz Francisco Carrasco, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Árabe, cuja sede funciona dentro do parque.

 

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