Uma política transformadora

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Gilberto Natalini é médico, ambientalista, ex-vereador e ex-secretário executivo de Mudanças Climáticas por São Paulo

 

A preservação do meio ambiente não é uma tarefa isolada de governos ou instituições: é uma missão coletiva que começa dentro de cada indivíduo. E é pela via da educação que despertamos essa consciência essencial. Mais do que transmitir informações técnicas sobre ecossistemas, biodiversidade ou mudanças climáticas, a educação ambiental propõe uma verdadeira mudança de mentalidade: uma forma de ver o mundo como um organismo vivo, interdependente e frágil.

Educar para o meio ambiente é formar cidadãos capazes de compreender que suas decisões, do consumo diário à forma como se relacionam com o território, impactam diretamente o presente e o futuro da vida na Terra. Mas é também estimular o pensamento crítico sobre os sistemas que limitam essas escolhas. Por que o acesso à alimentação orgânica ainda é tão restrito? Por que ainda existe tão pouca integração entre planos ambientais? Essas são perguntas que a educação ambiental precisa enfrentar.

Quando educamos para o meio ambiente, não transmitimos apenas informações sobre a natureza. Cultivamos também o respeito pela vida em todas as suas formas, mas também a disposição de enfrentarmos os conflitos éticos, econômicos e políticos que atravessam a crise ambiental. Só assim deixamos de formar espectadores conscientes e passamos a formar agentes de transformação.

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