Ainda não foi desta vez…

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Em novembro do ano passado, aqui neste espaço, questionávamos se, após quase uma década interditado por suspeitas (depois não confirmadas) de contaminação do terreno, o Parque Leopoldina – Orlando Villas-Bôas, uma belíssima área verde com mais de 50 mil metros quadrados às margens do Rio Tietê, seria finalmente reaberto. Na ocasião, as perspectivas eram positivas, com a previsão dada pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente (SVMA) de que a reinauguração aconteceria no curto prazo. Previsão estava baseada em um mapa de reformas que seriam realizadas no local, com uma verba de quase R$ 1 milhão disponibilizada pela Prefeitura, apresentado pela SVMA ao Conselho Gestor do parque.

Com as benfeitorias projetadas, toda a estrutura do espaço – quadras, campo de futebol e jardins -, que com o tempo se deteriorou, seria renovada e novas áreas, entre as quais uma ciclovia, seriam criadas, possibilitando que o parque fosse novamente entregue à população, e em condições ainda melhores do que à época de sua inauguração. Até então, o prazo para o término das obras era março deste ano e, assim, esperava-se que em abril o Orlando Villas-Bôas voltaria a ter seus portões abertos.

Logo mais entraremos no último trimestre de 2025 e, mesmo com as obras já concluídas, na última reunião do Conselho Gestor, ocorrida em 16/9, os conselheiros receberam a notícia de que ainda não há sinal verde da secretaria para que o parque volte a funcionar. O motivo: o campo de futebol americano apresentou um problema de erosão e trechos do gramado precisarão ser refeitos.

Ok, esse campo é um dos diferenciais do Orlando Villas-Bôas, tendo sido muito usado por times de rugby, modalidade semelhante ao futebol americano. Mas não é a única opção de lazer do parque. O restante da estrutura, novinha em folha, está pronta para ser usada. Portanto, não vemos motivo para o espaço continuar fechado por mais tempo. Mantendo o campo interditado enquanto o conserto é feito, o parque poderia muito bem ser reaberto.

Estivemos pessoalmente visitando o local há poucos dias. A beleza do parque é de encher os olhos! Tudo cheira a novo: os bancos, os postes de iluminação… A vegetação dos jardins está bem cuidada, os gramados verdinhos… Mas tudo isso pode se deteriorar rapidamente (mais uma vez), com a perda do investimento feito pelo poder público, se o parque continuar fechado.

A nossa bandeira é a mesma dos conselheiros gestores do Orlando Villas-Bôas: reabertura já! Um mero detalhe na reforma não pode atrasar ainda mais a entrega desse espaço verde tão necessário para a região.

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